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Frigoríficos caem após fala dura de Lula, virada para baixo do dólar e caminhoneiros

31 out 2022, 15:35 - atualizado em 31 out 2022, 15:35
Frigoríficos
Entenda o movimento no alto escalão do agronegócio: frigoríficos caem com Lula após guinada na política ambiental. (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

As ações de frigoríficos caíam ao redor de 4% nesta segunda-feira (31), com o mercado reagindo ao discurso duro de vitória de Lula contra o alto escalão do agronegócio. A virada para baixo do dólar ao longo do dia e a paralisação de parte dos caminhoneiros completam o quadro.

Por volta das 15h (horário de Brasília), as ações da Marfrig (MRFG3) liderava as quedas entre os frigoríficos listados na B3, caindo em torno de 4% a R$ 10,57 cada.

Na sequência, os papéis da JBS (JBSS3) recuavam 3,68% a R$ 24,84 cada. Por sua vez, as ações do Minerva Foods (BEEF3) cediam 0,37% a R$ 13,45 cada.

Na contramão do setor, a BRF (BRFS3) era o único frigorífico cujas ações subiam na sessão. O papel ordinária avançava 0,4% a R$ 12,40 cada.

A leitura que se faz do primeiro discurso de Lula como presidente eleito do Brasil no último domingo (30), foi de um aceno aos pequenos produtores rurais que integram a agricultura familiar, ao mesmo tempo que houve uma repreensão à parcela do chamado ‘agronegocião’.

Como aprofundado mais cedo em matéria publicada no Agro Times, Lula não foi nada amistoso com o setor, quando se considera que o termo “agronegócio”, como é usualmente empregado no Brasil, está associado à produção de alta escala de commodities e proteínas animal, embora literalmente diga respeito à integração de cadeias produtivas do campo à transformação.

Guinada verde na Amazônia

A questão ambiental é uma muito sensível para as operações dos frigoríficos no Brasil. Volta e meia, gigantes de proteína animal são acusadas por ONGs e organismos internacionais por comprarem gado proveniente de áreas de desmatamento da Amazônia.

Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, a Noruega disse estar pronta para retomar as discussões sobre ajuda financeira para proteger a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.

A reabertura do Fundo Amazônia, uma iniciativa internacional de conservação criada com a Alemanha em 2008, deve colocar o Brasil de volta à vanguarda das discussões de combate ao aquecimento global, freando o avanço ilegal de agricultores e pecuaristas dissidentes ao bioma.

Noruega e Alemanha interromperam sua participação na iniciativa há dois anos em protesto às políticas de Bolsonaro, que aumentaram o desmatamento em uma floresta crucial para reduzir as emissões de carbono.

O Fundo, administrado pelo BNDES, foi criado para arrecadar doações a fundo perdido para investimentos na prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento.

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