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Frigoríficos acordam em alta na B3 nesta quarta (13) após habilitação para China; e o boi gordo no Brasil?

13 mar 2024, 11:49 - atualizado em 13 mar 2024, 12:51
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Para o BBA, o anúncio fortalece o relacionamento comercial entre o Brasil e a China; confira os benefícios para os frigoríficos (Imagem: Unsplah/@joseignaciopompe)

As ações dos frigoríficos listados na B3 iniciaram a manhã desta quarta-feira (13) em alta após a China habilitar 38 frigoríficos do Brasil para exportação de carnes.

Por volta de 11h32, Marfrig (MRFG3) puxava às altas, subindo 4,03%, seguida por JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3), que subiam 2,75% e 2,21%, respectivamente. No mesmo horário, as ações da BRF (BRFS3) subiam 0,41%.

Como você acompanhou ontem aqui no Agro Times, a JBS é o frigorífico que deve mais se beneficiar com essa liberação, segundo o Itaú BBA, seguida pela Minerva.

Para o BBA, o anúncio fortalece o relacionamento comercial entre os países e solidifica o Brasil como grande fornecedor de proteínas para o mercado chinês a longo prazo.

Contudo, os preços de exportação da carne bovina têm estado sob pressão desde meados de 2023, e a recente autorização pode implicar em oferta adicional de carne bovina na China, limitando aumentos nos preços de exportação no curto e médio prazo.

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E o mercado do boi gordo e os preços pagos pela China ?

De acordo com Hyberville Neto, analista da HN Agro, as habilitações devem implicar em um maior volume exportado para China. “As compras totais não devem crescer muito em 2024, segundo o USDA. Por outro lado, essas habilitações devem implicar em um aumento da participação do Brasil no mercado chinês. Quanto aos preços do boi, não vejo uma grande mudança acontecendo, a não ser que aconteça uma redução de oferta, ainda que isso ajude, avalia.

Em relação aos preços de exportações, Neto enxerga que essa abertura não deve necessariamente resultar em uma melhora. “Os preços podem até ser impactados negativamente, já que a China terá um maior número de fornecedores, com os frigoríficos menores que entram podendo fortalecer o poder de compra dos chineses”, completa.

A abertura das plantas, segundo Neto, pode resultar em uma diminuição da participação de São Paulo e Mato Grosso exportado para a China. “As plantas habilitadas foram bem distribuídas geograficamente. Agora que temos mais frigoríficos habilitados Brasil afora, isso pode beneficiar outras áreas”, conclui.