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Frigoríficos: Ação afunda mais de 40% em 2022 e BTG não recomenda compra antes de balanço

09 nov 2022, 15:10 - atualizado em 09 nov 2022, 15:21
Frigoríficos
Frigoríficos reportam resultados nesta semana. BTG Pactual destaca preocupação com margem baixas e queima de caixa de um deles. (Imagem: Divulgação)

Os frigoríficos listados na Bolsa  brasileira entram na temporada de resultados nesta quarta-feira (9), após o fechamento do mercado. Uma das quatro ações do setor acumula perda de quase 48% em 2022, e passa longe do radar de oportunidades do BTG Pactual.

A companhia alimentícia ainda precisa provar que tem capacidade de retomar suas margens e frear a queima de caixa, para que suas ações tenham chances de recuperar valor de mercado, na visão do banco.

“A recuperação mais lenta de margens no seu mercado carro-chefe deve ser destaque negativo no trimestre, somada à ausência de clareza de onde a nova administração pode levar a empresa,  requerendo mais cautela do investidor“, afirmam os analistas do banco de investimentos Thiago Duarte e Henrique Brustolin, em relatório a clientes.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para a BRF (BRFS3), com preço-alvo de R$ 20 nos próximos 12 meses. O frigorífico divulga números do terceiro trimestre no fim do dia.

Por volta das 14h30 (horário de Brasília), as ações ordinárias da BRF subiam 1,07% a R$ 11,98 cada, sendo a cotação mínima do dia. Na máxima, os papéis chegaram a valer R$ 12,49.

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Sorte não é tudo para a BRF

A virada do ciclo de commodities, em tese, potencializa os negócios da BRF. Dados de produção de frangos e suínos e números de exportação da Secex sugerem que o mundo demanda cada vez mais carnes brasileiras.

Por outro lado, frigoríficos brasileiros mais expostos ao mercado bovino dos Estados Unidos — casos de JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) —, já enfrentam a derrocada de margens em seus negócios na reta final de 2022.

“Os preços do frango, e até dos suínos, estão melhorando e devem ficar elevados em patamares internacionais à BRF no trimestre a 13,1% no nível de Ebitda. No entanto, o problema reside nos negócios no Brasil, com a Seara (marca da JBS) brigando de igual para igual com Sadia e Perdigão“, explicam os analistas.

O BTG revisou para baixo os números esperados pela BRF no terceiro trimestre. O banco espera que o frigorífico reporte um prejuízo líquido de R$ 54 milhões, um Ebitda de R$ 1,4 bilhão e uma receita líquida de R$ 14 bilhões.

Agenda de resultados

A BRF e o Minerva Foods divulgam balanço referente ao terceiro trimestre no próximo dia 9 de novembro, após o fechamento do mercado.

Já a JBS e a Marfrig apresentam resultados no próximo dia 10 de novembro, após o fechamento do mercado.

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