Frigorífico tenta recuperar margem, atacado aguenta e dono do boi perde dinheiro
Os frigoríficos tentam a recuperação das margens perdidas até uns dias atrás e o atacado vai junto. Testam os repiques de consumo, na chegada da temporada de feriadões de abril, igual no período do pagamento dos salários quando o boi também já estava sob pressão.
Enquanto no elo intermediário paulista a carne chega ao varejo dentro da média da última semana, entre R$ 20,30 e R$ 20,50 o quilo, base Cepea, o produtor vê seu boi perder valor ao ritmo do aumento do animal pronto para morrer.
A matéria-prima mais de consumo interno já tem negócios abaixo de R$ 300 a @, em São Paulo, atacada pela necessidade de produtores que não podem segurar mais tempo os animais já gordos, além das fêmeas descartados que engordam a oferta.
O boi China, mais caro, também vai recuando, apesar de as exportações terem avançado no início do mês.
Os frigoríficos também estão conseguindo maior volume, tanto de pastos quanto nos negócios fechados a termo com grandes fornecedores, na medida em que também monitoram as condições chinesas, às voltas com algumas restrições localizadas contra a covid, e pressionando contra os preços da carne brasileira depois que o real vem se valorizando.