Exportações

Frigorífico espera a China e acha que guerra comercial com EUA não atrapalhará

02 ago 2019, 16:53 - atualizado em 02 ago 2019, 16:53
Carne
À espera da China, com ou sem guerra comercial com os EUA

Se houver uma ponta de susto na pecuária de corte do Brasil com o acirramento da guerra comercial que Donald Trump impôs à China, no sentido de repercutir negativamente no desempenho da economia do país e consequentemente diminuir as compras globais, ainda é algo que não estaria no radar no curto prazo.

Da mesma forma, a possibilidade de mais atrasos das autoridades chinesas na liberação de novas plantas brasileiras não estaria associada à confusão armada pelo presidente americano  (os 10% a mais de taxas sobre US$ 300 bilhões em produtos).

Essas são as observações que o Frigorífico Mercúrio, do Pará, fez nesta sexta (2).

Para Daniel Freire, diretor da empresa que está na lista de espera de 20 possíveis unidades exportadoras à China, “na realidade a gente acha que tem um gap muito grande de consumo chinês que o Brasil pode atender, mesmo em caso de uma diminuição na taxa de crescimento”.

Sobre a liberação de novos exportadores, que poderiam ampliar as vendas do País, Freire debita a demora ao estilo do maior comprador brasileiro.

“Percebe-se que a China tem uma dinâmica própria para habilitar novas plantas e isso gera varias especulações”, analisa o executivo do Mercúrio, para que “o Mapa e as associações (Abiec/Abrafrigo) estão dando todo suporte e apoio no intuito de que sejam habilitadas o maior número de plantas possível”.

O grupo paraense vem desde 2018 (quando matou em torno dos 320 mil animais) fazendo investimentos que superam os R$ 10 milhões em processos e na melhoria de seu próprio gado, visando uma carne menos ‘comoditizada’ e com os olhos no mercado chinês.

No primeiro semestre de 2019, as exportações totais brasileiras cresceram 25% em volume, para 827 mil toneladas, e 16,2% em receita, para US$ 3,12 bilhões, puxadas pela compra dos orientais. China e Hong Kong responderam por 40%.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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