Internacional

Frigorífico alemão é fechado após surto de coronavírus

17 jun 2020, 12:47 - atualizado em 17 jun 2020, 12:47
frigoríficos
Escolas e creches serão fechadas a partir de sexta-feira até o início da pausa de verão, em 26 de junho, mas não há planos para uma quarentena mais ampla (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Um frigorífico na Alemanha teve que ser fechado depois que centenas de trabalhadores foram infectados pelo coronavírus, em mais um surto em unidades de abate na Europa.

Depois de testar 500 trabalhadores de um frigorífico nos arredores da cidade de Guetersloh, no oeste da Alemanha, cerca de 400 deram positivo para o coronavírus, o que levou ao fechamento da unidade que emprega 6 mil pessoas, disseram autoridades da cidade na quarta-feira.

Escolas e creches serão fechadas a partir de sexta-feira até o início da pausa de verão, em 26 de junho, mas não há planos para uma quarentena mais ampla.

A Tönnies, que controla o frigorífico, testou um total de mil funcionários e ainda não recebeu o segundo lote de resultados, segundo um porta-voz da empresa. Testes serão realizados nos funcionários restantes.

“Não tem a ver com a empresa agora, tem a ver com as pessoas e a comunidade”, disse Clemens Tönnies, presidente da empresa, em comunicado. “Apoiamos totalmente as autoridades em todas as medidas.”

Os testes foram autorizados pelo município, que na terça-feira divulgou um total de 124 novos casos de Covid-19 na última semana.

Frigoríficos se tornaram focos do vírus no mundo todo, com infecções nas Américas, Europa e Austrália. Os EUA foram o país mais atingido. Milhares de trabalhadores testaram positivo e paralisações em frigoríficos provocaram falta temporária de carne em varejistas e redes de fast-food.

Mais de mil trabalhadores de unidades de abate europeias também contraíram a Covid-19. Frigoríficos na Alemanha, Irlanda e Reino Unido registraram surtos nos últimos meses. O mais recente surto na Tönnies está entre os maiores da Alemanha e representa um revés para o país no combate à pandemia.

O aumento dos casos confirmados na Tönnies marca uma mudança preocupante para autoridades locais e estaduais que ordenaram medidas de segurança reforçadas em frigoríficos depois que unidades de abate se tornaram focos de infecção.

Frigoríficos alemães complementam a mão de obra local com trabalhadores da Europa Oriental, que migram entre as unidades, aumentando o risco de transmissão.

Em maio, o gabinete da chanceler Angela Merkel estabeleceu padrões mais rigorosos para o setor de carnes na Alemanha, um dos maiores produtores de carne suína do continente.

A partir de 2021, frigoríficos não mais poderão subcontratar trabalhadores e enfrentarão multas mais pesadas por violar as leis trabalhistas. Também estarão sujeitos a inspeções mais frequentes.

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