AgroTimes

Freio de arrumação na soja, trigo e milho, mas volatilidade não implica em apostas para a 4ª

14 dez 2022, 8:13 - atualizado em 14 dez 2022, 8:39
Lavoura de soja
Soja 22/23 brasileira vai bem e coloca pressão nas cotações (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

Os US$ 14,50 podem ter deixado de ser a marca base da soja. Mas também há poucos fatores que a fazem destrambelhar muito acima.

Nesta passagem da quarta (14), Chicago também bota um freio de arrumação no trigo e no milho. Na véspera, passaram boa parte do dia em alta.

Os três derivativos caem no mercado futuro e descolados do cenário do dólar no exterior, que está em baixa também.

Às 8h10 (Brasília), a soja de janeiro está em menos 0,54% (US$ 14,71), o trigo e milho de março, respectivamente, em menos 0,96% (US$ 7,42) e menos 0,59% (US$ 6,49).

Os fundos trouxeram a oleaginosa em mais 20 pontos na terça, após as perdas fortes da segunda, e fazem ajustes de realização de lucros agora.

Entre a demanda chinesa pouco melhor e atraso e seca do plantio na Argentina, há o contrapé da boa safra nova brasileira, com chuvas mais presentes, inclusive no Sul.

E a oferta geral, trazida pelo USDA, não destoou das expectativas, mesmo que um estoque global pouco menor.

O trigo também se ajustou para baixo na sessão anterior, como o milho.

Ainda que não tenha ficado totalmente para trás os riscos do fornecimento da Ucrânia, após a interrupção das operações do Porto de Odessa pelos ataques à rede de energia da região no final de semana, também não piorou a situação.

Ademais, a demanda internacional está acomodada.

E o milho ainda tem a pressão da intensa movimentação exportadora brasileira ainda neste mês.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.