Ibovespa Fred Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3), diz que regulamentação de bets é frouxa; ‘nos preocupa’
O presidente do conselho do Magazine Luiza (MGLU3), Fred Trajano, mostrou preocupações com a invasão das casas de apostas, também conhecidas como bets, entre brasileiros. O temor é que o consumo seja corroído, afetando setores da economia, como o varejo.
“O crescimento é exponencial. Vamos ter um certo nível de controle, mas a regulamentação é frouxa em vários aspectos; externamos nossas preocupações. Pode ser um problema que contamina muito mais setores”, afirmou. As falas ocorreram em evento organizado pelo Santander, em São Paulo.
Segundo Trajano, essa questão tem sido uma das prioridades do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), no qual a família Trajano é envolvida. O IDV já se encontrou com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para discutir o assunto.
Em um estudo recente apresentado por Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú BBA, estima-se que o brasileiro tenha gasto R$ 24 bilhões. Este valor equivale a 0,2% do PIB brasileiro, 0,3% do consumo total e 1,9% da massa salarial.
Apesar disso, o executivo afirmou que no primeiro semestre, as bets não afetaram o varejo. Ele citou dados forte do setor. Em junho, as vendas subiram 0,8 por cento na comparação com um ano antes, mas caíram 0,7 por cento em junho sobre maio.
O que diz a lei?
A lei que regulamenta as apostas esportivas on-line, sancionada em janeiro, com vetos, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tributa empresas e apostadores, define regras para a exploração do serviço e determina a partilha da arrecadação.
Além disso, as empresas autorizadas pelo Ministério da Fazenda precisam ter sede e administração no território nacional. Deverão ainda comprovar experiência em jogos e outros requisitos técnicos estabelecidos pelo Executivo.
As ações de comunicação e publicidade da loteria de apostas deverão incluir avisos de desestímulo ao jogo e advertência sobre seus malefícios, além de observarem a restrição de horários e canais de veiculação.
Com informações da Agência Câmara
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