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Fraude de US$ 70 milhões em bitcoin é investigada pelo governo suíço

05 mar 2020, 16:06 - atualizado em 08 jun 2020, 14:59
Funcionários da empresa aplicaram um esquema de fraude, prometendo rápido enriquecimento, mas prejudicando cerca de mil clientes, a maioria idosos (Imagem: Crypto Times)

De acordo com o site de notícias OCCRP, foram compartilhados diversos documentos expondo atividades internas do Milton Group, empresa ucraniana de serviços imobiliários.

Os documentos afirmam que funcionários da empresa aplicaram um esquema de fraude, prometendo rápido enriquecimento, mas prejudicando cerca de mil clientes na Suécia.

A maioria das vítimas eram aposentados, que perderam cerca de US$ 200 mil. Para pagar as dívidas, uma mulher teve que vender sua casa.

O golpe foi aplicado através de anúncios do Facebook, que afirmava que grandes celebridades haviam lucrado com o investimento em criptoativos. Estima-se que, em 2019, US$ 70 milhões em bitcoin foram roubados pela empresa ucraniana.

“É muito preocupante ver a forma como eles enganaram aposentados suecos que tiveram que sair de suas casas e viver em condições precárias. E eles ficam lá, rindo”, afirmou Ann Linde, Ministra de Relações Exteriores, ao jornal Dagens Nyhete (DN).

Ela afirma que, apesar de o sistema judiciário ucraniano ter passado por uma melhoria, ainda há muito a ser feito.

Anders Ygeman, ministro sueco de Digitalização e Energia, afirmou que seu ministério busca propor novas legislações à União Europeia para que autoridades locais possam ir atrás de grandes empresas de tecnologia caso estejam facilitando tais esquemas.

“Facebook ganha 1,5 bilhão de coroas suecas (o equivalente a US$ 160 milhões) anualmente só por propagandas na Suécia. Logo, eles devem ser capazes de garantir que não haja anúncios fraudulentos que forcem aposentados a abandonar suas casas”, afirmou ele.

“Se eles fizessem o mesmo esforço de se proteger de anúncios falsos assim como segmentam anúncios para um grupo específico, esse problema não existiria.”

A iniciativa do ministro Ygeman possui apoio de outros países, como Espanha, Alemanha e França.

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