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Frango: Exportações sustentam preços em março; ‘Brasil está vendendo como nunca’, diz Safras

06 abr 2023, 10:37 - atualizado em 06 abr 2023, 10:37
Frango
Segundo analista, as exportações devem atingir um volume recorde em 2023, no entanto, há temor quanto a oferta e demanda do frango no Brasil (Imagem: Pixabay)

A maior demanda por carne de frango registrada nas duas primeiras semanas de março, somada às exportações em alta, sustentaram o preço médio mensal da proteína no mercado interno no último mês.

Dessa forma, acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do frango inteiro congelado comercializado no atacado da Grande São Paulo teve média de R$ 6,75/kg em março, alta de 1,5% frente ao verificado em fevereiro.

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Exportações, oferta e demanda

As exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas totalizaram receita de US$ 901,89 milhões em março, o que representa um avanço de 23,11% na comparação com o mesmo mês de 2022. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No mês passado, a média diária de embarques de carne de frango in natura foi de 21,1 mil toneladas, 7,2% acima da observada em fevereiro, 20% maior que a de março/2022 e um recorde, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.

De acordo com Fernando Iglesias, analista de proteína animal na Safras & Mercado, os embarques estão extremamente aquecidos e o Brasil está vendendo carne de frango como nunca.

Desde já, as estimativas da Safras & Mercado indicam uma exportação recorde para carne de frango em 2023, por volta de 4,8 milhões de toneladas.

Contudo, Iglesias explica que a preocupação fica com a oferta e a demanda da proteína. Isso porque é preciso ajudar a produção no mercado interno para que haja uma melhora efetiva nas margens.

“Os custos de produção estão arrefecendo por conta do recente comportamento do milho e do farelo de soja no mercado. De qualquer forma, o cenário para o frango vivo continua preocupante no mercado interno, é preciso de um corte de alojamento para o setor entrar nos eixos“, explica.