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Francesa Total desiste de ser operadora em blocos na Foz do Amazonas

08 set 2020, 10:01 - atualizado em 08 set 2020, 10:01
Anp
A Total informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desta decisão (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A petroleira francesa Total desistiu de seguir como operadora de cinco blocos para exploração de petróleo e gás na região norte do Brasil, na bacia da Foz do Amazonas, a cerca de 120 quilômetros da costa.

O movimento da companhia, que tem a estatal brasileira Petrobras (PETR4) e a britânica BP como sócias nos ativos, vem em meio a dificuldades de licenciamento ambiental das áreas, que ficam em uma região considerada sensível por ativistas do meio ambiente.g

“A Total informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desta decisão, que abre um período de seis meses durante o qual será nomeado um novo operador, para o qual serão transferidas as atividades de operação”, disse a Total à Reuters.

“Durante este período, a Total continua monitorando todos os processos regulatórios em nome de seus parceiros Petrobras e BP”, acrescentou a companhia, em nota, sem detalhar motivos da decisão.

A renúncia, comunicada aos parceiros em 19 de agosto, envolve os blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, segundo a empresa.

A notícia foi publicada primeiramente pela agência de notícias epbr.

A região em que os ativos estão localizados, a Bacia da Foz do Amazonas, se estende pela costa do Estado do Amapá e da Ilha do Marajó, no Pará, e abriga o maior cinturão contínuo de manguezais do planeta, além de recifes de corais.

A ONG Greenpeace chegou a lançar uma campanha em defesa dos corais amazônicos e contra a exploração de petróleo no local.

Os blocos exploratórios na Foz do Amazonas foram arrematados pela Total e seus parceiros na 11ª Rodada de Licitações da ANP, realizada em maio de 2013.