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França tem que fazer tudo para evitar novo lockdown, diz premiê

14 mar 2021, 16:23 - atualizado em 14 mar 2021, 16:23
Em vez disso, o governo optou por impor toque de recolher a partir das 18h em todo o país e bloqueios de fim de semana em duas regiões que tentam conter a epidemia (Imagem: Unsplash/@luizagiannelli)

A França deve fazer de tudo para evitar um novo lockdown à medida em que cresce a pressão sobre os hospitais, disse o primeiro-ministro, Jean Castex, neste domingo, dia em que o país registrou mais de 26 mil novos casos de coronavírus.

O governo francês tem resistido à pressão de alguns especialistas em saúde para decretar um novo e terceiro bloqueio à circulação da população diante do aumento do número de casos.

Em vez disso, o governo optou por impor toque de recolher a partir das 18h em todo o país e bloqueios de fim de semana em duas regiões que tentam conter a epidemia.

“Temos que usar todas as armas disponíveis para evitar um bloqueio. Eu nunca escondi, vamos vacinar, nos proteger, fazer o teste”, disse Castex.

O chefe do serviço de saúde pública, Jerome Salomon, disse no domingo que “um bloqueio não é um tabu, mas não é automático”.

O ministério da Saúde informou neste domingo 26.343 novos casos de Covis-19, abaixo dos 29.759 do dia anterior, enquanto o número de pessoas que morreram do vírus aumentou em 140, para um total de 90.429.

Enquanto isso, o número de pessoas em unidades de terapia intensiva aumentou em 57 para 4.127, enquanto as unidades de ressuscitação de emergência operavam com quase 82% da capacidade, a maior desde o final de novembro, quando a França estava em seu segundo lockdown.

“A situação não está melhorando, há um número cada vez maior de infecções e os hospitais estão muito sobrecarregados com muitos pacientes, cuja idade média está diminuindo e que nem sempre têm comorbidades”, disse Castex.

O governo planeja transferir cerca de 100 pacientes nesta semana por avião ou trens especiais da região metropolitana de Paris para outras cidades para ajudar a aliviar a pressão sobre os hospitais da capital.

A ministra do Trabalho, Elizabeth Borne, disse no domingo que tinha testado positivo para Covid-19, mas que continuaria trabalhando.