França, Itália e Espanha restringem negociações nas bolsas para conter liquidação
França, Itália e Espanha restringiram as negociações nos mercados acionários nesta terça-feira, proibindo vendas a descoberto para proteger algumas das maiores empresas da Europa de uma liquidação provocada pelo coronavírus.
A medida, também adotada pela Bélgica, vai temporariamente suspender as apostas em ações em queda de várias empresas, da Anheuser-Busch InBev ao banco espanhol Santander e à empresa aérea Air France-KLM.
Nas vendas a descoberto, operadores tomam emprestado a ação de uma empresa com a visão de vendê-la, esperando recomprá-la a um preço mais baixo e embolsar a diferença, prática que normalmente exacerba os movimentos do mercado em meio a vendas de pânico.
A rara intervenção nos mercados, vista pela última vez na esteira da crise financeira, destaca o crescente senso de alarme nas capitais europeias conforme tentam conter uma doença que já fechou as escolas e lojas em todo o continente.
Na Itália, a proibição de 24 horas se aplica ao seu maior banco, UniCredit, e à montadora Fiat Chrysler Automobiles.
O regulador italiano do mercado, Consob, deve anunciar ainda uma proibição mais duradoura que pode adotar por até 90 dias, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
O partido governista 5-Estrelas, parte de uma coalizão do governo, chegou a pedir que os mercados acionários do país seja fechados totalmente. Isso, entretanto, não recebeu apoio político.