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França investiga varejistas de moda por encobrir crimes contra humanidade em Xinjiang

01 jul 2021, 20:01 - atualizado em 01 jul 2021, 20:01
SMCP em Paris
Uma investigação foi aberta pela unidade de crimes contra a humanidade dentro da procuradoria antiterrorismo após a abertura de uma queixa (Imagem: REUTERS/Benoit Tessier)

Procuradores franceses abriram uma investigação sobre quatro marcas do setor de moda suspeitas de encobrirem crimes contra a humanidade na região chinesa de Xinjiang, afirmou uma fonte do sistema judiciário do país nesta quinta-feira.

O procedimento está ligado a acusações contra a China sobre seu tratamento a membros da minoria muçulmana Uighur na região, incluindo uso de trabalhos forçados, segundo a fonte.

A fonte disse à Reuters que a Uniqlo France, unidade da japonesa Fast Retailing, a proprietária da Zara, Inditex, a francesa SMCP e a Skechers são os alvos da investigação, confirmando uma reportagem do site francês Mediapart.

“Uma investigação foi aberta pela unidade de crimes contra a humanidade dentro da procuradoria antiterrorismo após a abertura de uma queixa”, disse a fonte.

A Inditex afirmou que rejeita as alegações, acrescentando que conduziu controles rigorosos de rastreamento e que vai cooperar totalmente com a investigação francesa.

“Na Inditex temos tolerância zero contra todas as formas de trabalhos forçados e estabelecemos políticas e procedimentos para garantir que essa prática não aconteça na nossa cadeia produtiva”, disse a empresa em nota.

A SMCP informou que também vai cooperar com as autoridades francesas para provar que as acusações são falsas.

A Uniqlo France não estava imediatamente disponível para comentário fora do horário comercial europeu.

A Skechers disse que não comenta sobre litígio em andamento e indicou à Reuters uma declaração de março de 2021 na qual a empresa afirma que mantém um código de conduta rígido em relação a fornecedores.

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