Economia

Fragilidade fiscal do Brasil é a maior dos emergentes; Veja este gráfico

07 fev 2020, 17:01 - atualizado em 07 fev 2020, 17:01
brasil bandeira ordem e progresso
O Brasil está em um grupo considerado como “exportador de commodities fiscalmente vulnerável” (Imagem: Unsplash/@rafaelabiazi)

Os mercados emergentes são vistos por parte dos investidores como um grande pacote, mas não são e têm diferenças enormes entre eles. O Bank of America concentrou em um gráfico os países mais relevantes e chegou a conclusões importantes.

Uma delas é desconfortável para o Brasil. Somos o pior colocado no quesito “fragilidade fiscal”. E, além disso, estamos em um grupo de alta dependência das commodities e suas exportações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confira os quatro grupos destacados pelo banco:

Exportadores de commodities fiscalmente fortes: “esses países, apesar de serem ricos em recursos naturais, não sucumbiram à sonegação fiscal e até criaram amortecedores fiscais. Eles são altamente sensíveis ao ciclo econômico global, devido ao seu impacto no comércio, mas a política doméstica tende a ser menos importante. Os maiores países dessa categoria são Rússia e Indonésia.”

Exportadores de commodities fiscalmente vulneráveis: “esses países são ricos em recursos naturais, mas têm um equilíbrio fiscal fraco, talvez como conseqüência de medidas populistas anteriores. Eles são altamente sensíveis ao ciclo econômico global e ao ciclo político interno. Principais exemplos: Argentina, Brasil, África do Sul.”

Importadores de commodities fiscalmente fortes: “esses países se especializaram na produção de bens e serviços manufaturados, uma vez que são pobres em recursos naturais. Eles também mantiveram finanças públicas relativamente sólidas. China, Coréia do Sul, México e Polônia são os maiores desta categoria”.

Importadores de commodities fiscalmente vulneráveis: “esses países são importadores líquidos de matérias-primas e possuem finanças públicas relativamente vulneráveis. Isso torna suas economias altamente sensíveis à política doméstica. A Índia é a maior economia deste grupo. Também incluímos a Turquia, apesar de ter um déficit fiscal relativamente pequeno, pois seu rating de crédito está abaixo do grau de investimento”.

Veja o gráfico:

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.