Fraco desempenho de moedas ameaça frágil retomada de emergentes
Enquanto ações e títulos de países em desenvolvimento se recuperam da onda vendedora causada pela pandemia, o desempenho das moedas ainda é fraco.
O índice MSCI Emerging Markets Currency subiu menos de 0,7% em abril, enquanto o indicador de ações da MSCI registrou o melhor rali mensal em quatro anos.
Os rendimentos de títulos em moeda local tiveram a maior baixa desde 2015. Agora, o indicador de moedas mostra padrões técnicos que sugerem uma segunda onda de perdas.
Esse fraco desempenho destaca como investidores ainda não estão convencidos da velocidade de recuperação dos ativos de risco, já que a crise do Covid-19 sustenta a demanda por dólares.
A confiança oscila entre o otimismo decorrente da flexibilização das medidas de confinamento e a incerteza causada pelo temor de uma segunda onda de infecções.
Na semana passada, o índice de moedas completou um padrão técnico de baixa: a média móvel de 100 dias ficou abaixo da média de 200 dias.
Outro sinal de futuras perdas é o chamado padrão de bandeira. A queda de 7,4% entre janeiro e março forma o “mastro da bandeira”, e a negociação limitada do indicador desde então forma a “bandeira”.
Traders interpretam isso como uma pausa na onda vendedora, um período de consolidação, que pode ser seguido por perdas tão fortes quanto na primeira fase.
A imagem disso pode ser vista no índice U.S. Dollar, com bandeira de alta. A inferência aqui é a oposta: o dólar pode estar consolidando os ganhos anteriores antes de iniciar outro rali.
Ações e títulos de mercados emergentes dependem da estabilidade das moedas para sustentar a valorização. Se as perdas das taxas de câmbio retornarem, isso poderá interromper a recuperação.