Fracasso do IPO da Moove: Economista descarta ‘risco Brasil’; ’não aconteceu nada nos últimos dias’
O adiamento do IPO (Oferta Pública Inicial) da Moove, que estava previsto para a última quarta-feira (9), pode não ter sido provocado pelo ‘Risco Brasil’, como informou alguns sites, disse o economista Bruno Corano no Giro do Mercado desta quinta-feira (10).
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Para Corano, um bom lançamento é feito pela alta expectativa. ‘’Realizar um IPO é muito difícil, acertar o momento ideal, é muito complexo e muitos fatores interferem’’ disse.
Na visão de Bruno, porém, “não aconteceu nada nos últimos dias de novo, que já não soubessem”.
Em relação à visão estrangeira sobre empresas brasileiras, Bruno destacou a falta de projeção e investimento, escândalos e problemas políticos e uma moeda instável como problema. “Abalam a credibilidade”.
‘’Brasil ainda não tem capacidade de conseguir ter visibilidade internacional como país, como um polo gerador de riqueza. Já algumas empresas por fazerem trabalhos bons ganham projeções nos seus determinados mercados’’ falou.
Veja abaixo
IPO da Moove
O braço de lubrificantes da Cosan e parte de seus atuais acionistas lançariam uma oferta de 25 milhões de ações e buscavam levantar até US$ 437,5 milhões, a US$ 14,50 a US$ 17,50 por ação.
Esse seria o primeiro IPO de uma companhia brasileira desde 2021, quando o Nubank (NU) fez a sua estreia oficial na bolsa norte-americana.
A Moove vende e distribui lubrificantes e graxas para os segmentos automotivo, agrícola, aéreo, naval e indústria e é uma das maiores produtoras da América do Sul, também presente na Europa e Estados Unidos.
A Cosan conta com participação de 70% na empresa, com outros 30% sendo da CVC Capital Partners, que adquiriu a fatia há seis anos. Na época, a empresa era avaliada em R$ 1,9 bilhão.
No primeiro trimestre, reportou Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 328,94 milhões, além de receita operacional líquida de R$ 2,439 bilhões.