Fraca demanda global afeta exportações de aço da China
Exportadores de aço da China enfrentam tempos difíceis. Amplos bloqueios da Europa ao Sudeste Asiático afetam a demanda com o fechamento de fábricas e paralisação do comércio, o que destaca o desafio à frente para a maior economia da Ásia, mesmo quando ainda se recupera dos estragos causados pelo vírus.
O maior fornecedor de aço do mundo tenta vender ao exterior quando clientes globais se retiram do mercado. Um índice de novos pedidos de exportação divulgado na terça-feira registrou a maior queda desde a crise financeira global.
A turbulência causada pela pandemia reforçou a expectativa de forte recessão nas maiores economias industriais, atingindo mercados que a China precisa para apoiar suas fábricas dependentes do comércio.
Embora as exportações de aço chinesas estejam em queda desde que inundaram o mercado global em 2015, o volume ainda é significativo. As 64 milhões de toneladas em 2019 superaram a produção anual na Alemanha, Brasil ou Turquia.
“O declínio das exportações será bastante acentuado”, disse Linda Lin, analista do CRU Group, em Xangai, por telefone. “Não é apenas que a demanda e a logística estejam congeladas, mas também vemos o não cumprimento de contratos em algumas regiões; portanto, as usinas chinesas estão cada vez mais cautelosas.”