Foxconn prevê um aumento de 15% na receita no 2º trimestre
A taiwanesa Foxconn previu nesta sexta-feira um aumento de 15% na receita do segundo trimestre, à medida que o boom do trabalho em casa causado pela pandemia se estende, aumentando a demanda por dispositivos de consumo, como os iPhones que a Foxconn monta para a Apple.
A previsão otimista da maior fabricante mundial de produtos eletrônicos reforça o forte impulso de crescimento que fez seu lucro no primeiro trimestre subir 45%, mesmo sendo forçada a reduzir drasticamente a produção de iPhones na Índia devido ao aumento dos casos de coronavírus na região.
“A demanda por smartphones continua forte … veremos um crescimento relativamente grande (pelo ano) no segundo trimestre”, disse o presidente Liu Young-way em conferência online para investidores.
Oficialmente nomeada de Hon Hai Precision Industry, a Foxconn teve lucro líquido de 28,2 bilhões de dólares taiwaneses (1 bilhão de dólares) de janeiro a março, ante 2,1 bilhões de dólares taiwaneses um ano antes, quando o negócio foi fortemente atingido devido a interrupções nas fábricas por conta da pandemia de COVID-19.
O resultado foi bem superior à previsão média de 24,41 bilhões de dólares taiwaneses, da estimativas de 11 analistas pela Refinitiv.
A Foxconn disse que as vendas de seu principal contribuidor de receita – eletrônicos de consumo, incluindo smartphones e dispositivos vestíveis – subiram mais de 15% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, enquanto produtos de computação como laptops também aumentaram mais de 15%.
A receita do primeiro trimestre aumentou 45%, para 1,34 trilhão de dólares taiwaneses. Essa foi a maior receita da Foxconn para um primeiro trimestre.
A empresa já esperava que a receita fosse “melhor do que o normal” para a temporada, graças às fortes vendas de smartphones e dispositivos de trabalho remoto. A Foxconn disse que está acompanhando de perto a “escassez de materiais” na cadeia de suprimentos de eletrônicos de consumo, em meio à crise no fornecimento de semicondutores, embora tenha descrito o impacto como limitado. A empresa monta iPhones em fábricas na China e na Índia, esta última agora devastada pela disseminação do coronavírus.