Fortuna da mulher mais rica do mundo já esteve ameaçada? Relembre o caso da L’Oreal
Pelo terceiro ano consecutivo, a mulher mais rica do mundo é a herdeira da L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, conforme noticiou a Forbes.
Este ano, a fortuna estimada é de US$ 80,5 bilhões (R$ 407 bilhões), avançando quase US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões) desde o ano passado, quando a projeção foi de US$ 74,8 bilhões.
Bettencourt Meyers entrou para a seleção de bilionários no ano de 2018, após o falecimento de sua mãe, Liliane Bettencourt, em 2017, aos 94 anos. Liliane era então a mulher mais rica do mundo.
Quando a mãe da executiva ainda era viva, houve uma época em que sua herança foi objeto de um julgamento na França, no qual um homem foi condenado por manipular Liliane para obter sua fortuna.
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Mulher mais rica do mundo: Caso L’Oreal
O caso L’Oreal aconteceu em 2007, quando Françoise processou o fotógrafo de celebridades François-Marie Banier, por supostamente tirar dinheiro de Liliane, ao passo que também tentava interditar a mãe.
A herdeira decidiu interditar a falecida mãe depois de saber que ela estava realizando altas transferências para Banier. Conforme noticiou o Exame, na época, quem informou Françoise sobre isso foi uma mulher que cuidava do patrimônio de Liliane.
Liliane também presenteou o fotógrafo com obras de arte, de artistas como Picasso, além de uma ilha em Seychelles. Banier recebeu em torno de 1 bilhão de euros, cerca de R$ 3 bilhões. O fotógrafo negou ter cometido qualquer irregularidade.
Alguns anos depois, em 2010, a disputa judicial sobre a fortuna familiar foi encerrada. Em comunicado, Liliane disse que a decisão foi tomada junto com a filha, trazendo esperança e satisfazendo o seu desejo de ver a família unida.
Financiamento ilegal
O caso, que começou em uma disputa sobre presentes dados a um amigo, caminhou para uma investigação sobre doações ilegais para a campanha do ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy.
A polêmica transcendeu o âmbito familiar, se tornando uma questão política, quando o mordomo de Liliane realizou gravações de conversas entre a bilionária e seus conselheiros financeiros.
Segundo a Veja, as discussões mencionavam fraude fiscal e vínculos com o então ministro de Orçamento, Eric Woerth, tesoureiro do então candidato Sarkozy. Woerth foi acusado pela ex-contadora de Liliane de ter recebido 150 mil euros para financiar campanha eleitoral.
Em 2011, a juíza francesa Isabelle Prévost Desprez, que instruiu o processo, afirmou que o ex-presidente francês recebeu dinheiro de Liliane antes de sua eleição em 2007. A declaração está no livro Sarko m’a tuer, escrito por dois repórteres do jornal Le Monde.