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‘Forte para onde quer que você olhe’ após 4T23, é hora de apostar em Cury (CURY3)?

12 mar 2024, 13:09 - atualizado em 12 mar 2024, 13:11
Cury
Ações da Cury sobem pouco após balanço apresentar números fortes, mas já esperados no 4T23; analistas seguem otimistas (Imagem: Reprodução)

Os resultados da Cury (CURY3) divulgados ontem (11) à noite, com lucro, receita e geração de caixa recordes no quarto trimestre de 2023, confirmaram porque a construtora e incorporadora é uma das preferidas do segmento de baixa renda.

Apesar disso, por volta das 13h05 (de Brasília), as ações da companhia oscilavam em alta abaixo de 2%, cotados perto de R$ 20. Na abertura dos negócios, os papéis chegaram a saltar 4%, liderando os ganhos do setor.

A reação mais contida do mercado financeiro mostra que os números da companhia nos últimos três meses de 2023 e o consolidado do ano eram esperados. No entanto, alguns dados ficaram acima das estimativas, segundo a XP.

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Lucro, ROE e margens chamam atenção

O head de real estate, Ygor Altero, e o analista da corretora, Ruan Argenton, avaliam que a Cury teve lucro mais forte que o projetado, como também um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em “níveis excelentes” (de 59,6%).

“[Os números] foram uma forte combinação de aumento acentuado das receitas e rentabilidade robusta”, dizem. Segundo eles, os números operacionais fortes de vendas e lançamentos refletiram também em uma receita líquida recorde. Dado que veio em linha com as estimativas da XP.

Os analistas do Bradesco BBI, Bruno Mendonça, e da Ágora Investimentos, Wellington Lourenço, ressaltam a execução de alto nível da construtora, com o indicador de velocidade de vendas (VSO) de 75% nos últimos 12 meses e geração de caixa forte.

“Essa execução, combinada com a sua estrutura de capital leve, permitiu que a Cury atingisse um impressionante ROE e uma margem líquida atingindo 20% durante o trimestre”, comentam.

Cury forte ‘para onde quer que você olhe’

A equipe do BTG Pactual avalia que a Cury está “forte para onde quer você olhe” e que, “de longe”, vem entregando o que há de melhor de caixa no setor.

“Isso apoiado por seu índice de vendas e o modelo de negócios com menos ativos. Isso deverá permitir que a
empresa continue distribuindo dividendos robustos enquanto exibe crescimento nos lançamentos”, dizem os analistas Elvis Credendio e Gustavo Cambauva.

Com lucro e geração de caixa recordes, Cury (CURY3) espera mais dividendos em 2024

A equipe de real estate do Santander observa que, além de “mais uma rodada de resultados impressionantes”, com lucro líquido sendo o protagonista, a Cury está com forte desempenho de vendas em relação aos empreendimentos lançados no primeiro trimestre de 2024.

“Os dois empreendimentos lançados em São Paulo já estão com mais de 60% vendidos e um projeto lançado no Rio de Janeiro está 80% vendido”, comentam Antonio Castrucci, Fanny Oreng e Matheus Meloni.

Por sua vez, o analista do Itaú BBA, Daniel Gasparate, acrescenta que esses lançamentos somam valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,8 bilhão. “O que adiciona um risco positivo à nossa estimativa de R$ 4,5 bilhões [em VGV] para 2024”, diz.

Para o banco Safra, a Cury deve continuar entregando um dos melhores resultados do setor, com o seu longo histórico de rentabilidade e capacidade de operar uma ampla gama de produtos, dentro e fora das faixas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

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Top pick, analistas reiteram compra de CURY3

O BBI e a Ágora seguem com recomendação de compra para CURY3 diante do impulso positivo dos lucros, potencial de alta para os lançamentos de 2024 e um rendimento adequado.

Porém, entre as construtoras de baixa renda, eles têm leve preferência pela Direcional (DIRR3), já que segue mais descontada.

Itaú BBA, Safra, BTG e Santander também reiteram a recomendação de compra para as ações da Cury. Enquanto a XP tem o papel como “top pick” no segmento.