Alimentos

Forte demanda por farinha e pão impulsiona contratos de trigo

27 mar 2020, 7:32 - atualizado em 27 mar 2020, 7:32
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Há preocupação crescente com a falta de alimentos, já que alguns governos adotam uma abordagem protecionista para garantir estoques domésticos (Imagem: Unsplash/@wesual)

Os contratos futuros de trigo estão a caminho do maior ganho mensal desde maio diante da maior demanda de consumidores por produtos básicos, como farinha e pão, em meio à pandemia de coronavírus. No entanto, o excesso de oferta e a incerteza sobre suprimentos do Mar Negro podem pesar sobre os preços.

Os contratos futuros de trigo em Chicago acumulam alta de cerca de 8% em março, com salto de mais de 5% nesta semana. No acumulado da semana, os preços da soja sobem 2,6% e o contrato do milho ganha 1%.

Há preocupação crescente com a falta de alimentos, já que alguns governos adotam uma abordagem protecionista para garantir estoques domésticos. Enquanto isso, a propagação do vírus aumenta temores sobre cortes nas cadeias de suprimento globais.

Myanmar pode suspender parte das exportações de arroz para priorizar o abastecimento interno, enquanto o Vietnã vai estocar 190 mil toneladas de arroz.

Inspetores na Argentina pedem a suspensão das exportações por 15 dias, e caminhoneiros no Brasil têm recusado viagens. Potenciais restrições às exportações da Rússia também aumentam a incerteza.

“A questão das restrições às exportações, abertas ou encobertas, não desaparece”, disse em relatório Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia. “Devido ao histórico de interferência da Rússia nas exportações, operadores devem se planejar para essa possibilidade.”

Ainda assim, a oferta de trigo está longe da escassez. O Rabobank disse que os obstáculos causados pelo coronavírus dificilmente eliminarão o impacto positivo de chuvas para agricultores de grãos da Austrália.

O Escritório Australiano de Economia e Ciências Agrícolas e de Recursos espera que a produção de trigo suba para 21,35 milhões de toneladas em 2020-21, embora previsões mais otimistas apontem que a produção pode quase dobrar.

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