Forte crescimento do emprego no Reino Unido deixa BC britânico em dilema sobre juros
Os empregadores britânicos contrataram um número recorde de funcionários em novembro, aumentando os sinais de que o mercado de trabalho resistiu ao fim do esquema de licenças trabalhistas do governo e destacando o dilema do banco central do Reino Unido em relação aos juros na reunião desta semana.
Dados do serviço de receita britânico apontaram 257 mil contratações no mês passado, o maior número desde o início dos registros, em 2014.
O banco central britânico, sob pressão para enfrentar o rápido aumento da inflação, quer ter certeza de que a expiração do esquema de licenças no final de setembro não causou um salto no desemprego antes de qualquer decisão de elevar os juros pela primeira vez desde a pandemia.
Mas a rápida disseminação da variante Ômicron do coronavírus aumentou os temores de uma nova desaceleração econômica e levou a apostas contra um aumento dos juros pelo banco já na quinta-feira, após a reunião de dezembro do Comitê de Política Monetária.
“A combinação de um mercado de trabalho apertado e evidente baixo desemprego nos dados de hoje poderia, por si só, ser suficiente para justificar um aumento nos juros”, disse a economista-chefe da KPMG no Reino Unido, Yael Selfin.
“No entanto, com o surgimento da variante Ômicron nas últimas semanas, esperamos agora que o comitê adie por unanimidade o aumento dos juros até o próximo ano.”