Fomc: Fed corta juros dos EUA mais uma vez em 0,25 p.p.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) cortou os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual na última reunião de 2024. A taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm geralmente melhorado, e a taxa de desemprego tem subido, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção à meta de 2%, mas continua um tanto elevada”, diz o Comitê no comunicado.
O corte já era esperado pelo mercado. Antes da divulgação, 94,9% das apostas indicavam justamente um movimento de 0,25 p.p. do banco central norte-americano, segundo o CME FedWatch Tool.
Além disso, o Fed sinalizou que diminuirá o ritmo de corte adicional dos custos dos empréstimos dada à taxa de desemprego relativamente estável e à pouca melhora recente na inflação.
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A decisão desta quarta-feira (18), de diminuir os juros para 4,25% a 4,50%, não foi unânime, uma vez que Beth Hammack preferiu mantê-los estáveis. Votaram a favor: Jerome Powell; John Williams; Thomas Barkin; Michael Barr; Raphael Bostic; Michelle Bowman; Lisa Cook; Mary Daly; Philip Jefferson; Adriana Kugler; e Christopher Waller.
No ciclo de afrouxamento monetário, além do corte atual, o Fed já reduziu a taxa em 0,50 p.p. na reunião de setembro e em 0,25 p.p. em novembro.
Em relação aos próximos passos, o Comitê diz que “avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio de riscos” para tomar uma nova decisão.
Às 16h30 (horário de Brasília), o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, concede entrevista de imprensa para esclarecer o movimento.
As projeções do Fed para os EUA
Também hoje, o Fed divulgou o dot plot com as projeções dos membros da autarquia para a taxa de juros no futuro. A mediana das previsões indica que os juros fecharão 2025 em 3,9%.
Para 2026 e 2027, a expectativa é de uma taxa de 3,4% e 3,1%, respectivamente. No longo prazo, a projeção é de 3%.
Já em relação à inflação, a perspectiva do PCE de 2024 subiu de 2,3% em setembro para 2,4%, enquanto o núcleo foi de 2,6% para 2,8%. Para 2025, 2026 e 2027, as novas expectativas são de respectivos 2,5%, 2,1% e 2%.
Para o desemprego, as projeções são de 4,2% em 2024 e de 4,3% para os próximos três anos.