Foguete não tem ré: o rali do Bitcoin, alta do Ibovespa em fevereiro, PIB do Brasil no 4T23 e outros destaques que agitam os mercados
Foguete, de fato, não tem marcha à ré. Modelos mais modernos podem até mudar de trajetória durante o voo ou fazer um pouso controlado em local pré-determinado. No entanto, uma vez acionados, foguetes não voam para trás.
A frase é bastante popular entre os adeptos das mensagens motivacionais, mas foi adotada nos últimos anos pela comunidade cripto.
Ela é resgatada principalmente em momentos nos quais o bitcoin, o ethereum e outros expoentes dessa classe de ativos emplacam suas raramente discretas sequências de alta.
O mais recente rali do bitcoin, começou em 12 de outubro de 2023. Desde então, a mãe de todas as criptomoedas acumula alta de 132%.
Para encontrar outro ativo financeiro no mundo com valorização igual ou maior em um intervalo tão curto, somente no universo cripto.
Esse é impulsionado pela aprovação dos ETFs (fundos de índice) de bitcoin nos Estados Unidos, o que intensificou as compras por parte de investidores institucionais.
Simultaneamente, o halving do bitcoin, bissexto como 2024, contribui para o movimento.
Não é de espantar, portanto, que o BTC tenha ocupado o topo do pódio dos investimentos em fevereiro.
A maior criptomoeda do mundo saltou 44,29% e já aparece no retrovisor de seu recorde histórico, alcançado no fim de 2021. No ano, o ganho acumulado do bitcoin é de 48,2%.
O levantamento completo dos melhores investimentos de fevereiro pode ser lido aqui.
Ao compilar o balanço, a repórter Julia Wiltgen notou que a trajetória do bitcoin em fevereiro foi tão fora da curva que o Ibovespa, terceiro melhor investimento de fevereiro, rendeu apenas 0,99%.
Para hoje, enquanto as bolsas internacionais amanhecem no azul, o humor dos investidores brasileiros na primeira sessão de março vai depender muito do resultado do PIB do quarto trimestre de 2023, que sai daqui a pouco.
O dado é considerado decisivo para os próximos passos do Banco Central. Se o PIB continuar surpreendendo positivamente, o Copom pode diminuir mais adiante o ritmo dos cortes de juros. Se ele decepcionar, aumenta as chances de a Selic voltar a um dígito.
O que você precisa saber hoje
SEXTOU COM O RUY
A Oi (OIBR3) é uma pechincha? Se você quer ter um sono tranquilo e bons lucros, olhe para outra empresa do setor. Essa companhia distribuiu R$ 4,8 bilhões em dividendos e, como o grosso do investimento em fibra parece ter ficado para trás, a expectativa é de que esses proventos aumentem ainda mais, segundo o colunista Ruy Hungria.
REPERFILAMENTO
Casas Bahia (BHIA3) negocia com bancos e consegue mais prazo para pagar R$ 1,5 bilhão em dívidas. O acordo ainda precisa do sinal verde dos credores, mas, se aprovado, estenderá o vencimento de 69% do endividamento da companhia.
CÂMBIO PARA CAMBIAR
O milagre de Milei? Dólar livre cede 15% na Argentina em fevereiro — a queda mais acentuada em 20 anos. Entenda os fatores por trás da tendência que contrasta com uma economia na qual a inflação estimada para o mês está projetada em 15%.
TIC-TAC
A guerra nuclear é inevitável? O alerta de Putin após a provocação da França e da Otan. O presidente da Rússia fez um discurso à nação na última quinta-feira (29) e deixou bem claro que está preparado para o que der e vier para conter o Ocidente.
Uma boa sexta-feira e um excelente fim de semana para você!