Economia

Focus: mercado reduz projeção do IPCA para 3,56% e vê PIB em 2,31% em 2020

20 jan 2020, 8:47 - atualizado em 20 jan 2020, 8:47
Banco Central BCB
Os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 58 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem (Imagem: Enildo Amaral/BCB./Flickr)

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (20) mais uma edição do Boletim Focus, com analistas de mercado projetando o desempenho da economia brasileira nos próximos anos. O documento trouxe, ao mesmo tempo, uma redução na estimativa do IPCA e um aumento na do PIB em 2020.

As novas projeções apontam para a inflação oficial de 2020 recuando de 3,58% para 3,56%, a terceira retração seguida, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,60%, abaixo do centro da meta de 4,00% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 58 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem.

Confira o relatório Focus:

Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, e elevaram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país será de 2,31% e não mais 2,30% como na pesquisa anterior.

Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,28%. Para 2021, a aposta também se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram ampliadas de R$ 4,04 para R$ 4,05, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,10 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas estão em R$ 4,00, mantendo as projeções há nove semanas.

Já a taxa básica de juros, que fechou 2019 em 4,50%, a projeção mantém um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom em fevereiro e início do ciclo de alta de juros no fim do ano com uma adição de 0,25 ponto percentual na taxa básica no final do ano, até chegar a 6,25% em 2021, mantendo a projeção da taxa básica de juros do encerramento do ano que vem divulgada na semana passada.

Desta forma, o mercado prevê que o fim do ciclo de alta se encerra em 2021, a 6,5%, mantendo o mesmo patamar em 2023. É a 12ª semana seguida que os analistas mantêm a projeção da taxa Selic em 6,5% para 2022 e 2023.

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