Economia

FMI sobe a projeção para o PIB do Brasil, mas posição do país cai entre as maiores economias; veja ranking

29 out 2024, 15:38 - atualizado em 29 out 2024, 15:38
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Nas projeções divulgadas em julho, o fundo vê um número maior, uma vez que a estimativa estava em 2,1%. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O Brasil deve ter um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% este ano, segundo as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório World Economic Outlook publicado recentemente. Nas projeções divulgadas em julho, o fundo vê um número maior, uma vez que a estimativa estava em 2,1%.

Mesmo com esta alta nas projeções para o crescimento econômico e o Brasil sendo um dos poucos países com este avanço expressivos, a economia brasileira deixa a 9ª colocação no ranking de maiores economias do mundo em 2024, alcançada na estimativa do último relatório, e passa para 10ª.

Para o ano que vem, o FMI vê um cenário de menor crescimento para o Brasil. A previsão é de um avanço 2,2%, ante os 2,4% do último relatório.

FMI avalia crescimento mundial e elenca pontos de atenção

Quanto ao crescimento mundial, o FMI projeta que deve se manter estável em 3,2% para 2024 e 2025. Porém, o fundo pontua que, embora seja consistente com as previsões anteriores, representa um desempenho fraco em relação ao crescimento médio anterior à pandemia, refletindo desafios estruturais, como envelhecimento populacional e baixa produtividade em várias economias.

Outro ponto de destaque no relatório é o cenário global que enfrenta riscos com a possibilidade de maior volatilidade nos mercados financeiros, uma desaceleração mais acentuada na China, tensões geopolíticas, e um possível aumento de políticas protecionistas. Esses fatores, segundo o fundo, podem afetar o crescimento, investimentos e estabilidade financeira, principalmente em economias emergentes.

“A inflação em serviços continua muito elevada, quase o dobro dos níveis pré-pandêmicos. Algumas economias de mercado emergentes estão enfrentando um ressurgimento de pressões inflacionárias e começaram a aumentar as taxas de juros novamente”, avalia o relatório. No Brasil, a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou em 0,25% a taxa Selic.

Outro ponto que preocupa o FMI são as tensões climáticas, que simultaneamente aumentam os preços e reduzem a produção e a política fiscal. “O espaço fiscal é uma pedra angular da estabilidade macroeconômica e financeira. Após anos de política fiscal frouxa em muitos países, agora é hora de estabilizar a dinâmica da dívida e reconstruir amortecedores fiscais muito necessários”, pondera.

Por outro lado, o FMI comemora a batalha global contra a inflação após o dado atingir os 9,4% ao ano no terceiro trimestre de 2022 e agora a projeção até o final do ano está em 3,5%.

“O declínio da inflação sem uma recessão global é uma grande conquista”, avalia o fundo. “A política monetária desempenhou um papel decisivo ao manter as expectativas de inflação ancoradas, evitando espirais de salários e preços deletérias e uma repetição da experiência desastrosa de inflação dos anos 1970”.

Veja o ranking das maiores economias do mundo

  • Estados Unidos – US$ 29,16 trilhões
  • China – US$ 18,27 trilhões
  • Alemanha – US$ 4,71 trilhões
  • Japão – US$ 4,07 trilhões
  • Índia – US$ 3,88 trilhões
  • Reino Unido – US$ 3,58 trilhões
  • França – US$ 3,17 trilhões
  • Itália – US$ 2,37 trilhões
  • Canadá – US$ 2,21 trilhões
  • Brasil – US$ 2,18 trilhões

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