Economia

FMI pode mobilizar US$ 1 trilhão para combater pandemia

16 mar 2020, 10:24 - atualizado em 16 mar 2020, 10:24
O FMI também possui cerca de US$ 400 milhões em seu Fundo de Contenção e Alívio de Catástrofes para ajudar países pobres no alívio da dívida (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

O Fundo Monetário Internacional está pronto para mobilizar sua capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para ajudar países a combater o surto de coronavírus, disse a diretora-gerente Kristalina Georgieva, que exigiu coordenação global no suporte monetário, fiscal e regulatório.

Georgieva reiterou em blog na segunda-feira que o FMI tem US$ 50 bilhões em fundos de emergência flexíveis e de desembolso rápido para países em desenvolvimento, com até US$ 10 bilhões disponíveis a taxas de juros zero.

O Fundo já tem 40 acordos de empréstimo em andamento com compromissos combinados de US$ 200 bilhões que podem rapidamente fornecer financiamento para crises, disse. Existem cerca de 20 países interessados no suporte, disse Georgieva.

O FMI também possui cerca de US$ 400 milhões em seu Fundo de Contenção e Alívio de Catástrofes para ajudar países pobres no alívio da dívida. Com a ajuda de doações, como US$ 195 milhões recentemente do Reino Unido, o FMI espera aumentar esse valor para US$ 1 bilhão, afirmou.

“Com a propagação do vírus, o argumento para o estímulo fiscal global coordenado e sincronizado se fortalece a cada hora”, disse Georgieva. “Durante a crise financeira global, por exemplo, o estímulo fiscal do G-20 atingiu cerca de 2% do PIB, ou mais de US$ 900 bilhões” em números atualizados, somente em 2009. “Há muito mais trabalho a fazer.”

Georgieva acrescentou que o FMI “está pronto para mobilizar a capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para ajudar nossos membros”.

Ela elogiou as linhas de swap anunciadas pelos bancos centrais no domingo, dizendo que daqui para frente pode haver necessidade de linhas de swap para economias de mercados emergentes.

No início deste mês, Georgieva disse que as perspectivas econômicas globais mudaram para “cenários mais desafiadores” e que ainda é difícil prever o impacto econômico do vírus. Na sexta-feira, o FMI ordenou que toda equipe de sua sede em Washington trabalhasse em casa depois que um funcionário foi diagnosticado com o vírus.

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