Internacional

FMI pede resposta coordenada e adequada a coronavírus

12 mar 2020, 14:12 - atualizado em 12 mar 2020, 14:12
A diretora-gerente do FMI disse na semana passada que o surto de coronavírus manterá o crescimento global abaixo da taxa de 2,9% (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta quinta-feira que os países trabalhem juntos na resposta ao surto de coronavírus em rápida expansão, e pediu mais doações para ajudar os países mais pobres a lidar com a pandemia crescente.

O porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse que é muito cedo para avaliar o impacto de uma queda acentuada nos preços do petróleo na economia global, mas no próximo mês o Fundo divulgará previsões mais precisas que refletem tanto esse acontecimento quanto o que a Organização Mundial da Saúde está chamando de pandemia.

Na semana passada, o FMI e o Banco Mundial disseram que vão adotar um formato virtual nas reuniões de primavera devido ao coronavírus. O FMI ainda planeja divulgar sua Perspectiva Econômica Mundial atualizada e outros documentos a tempo das reuniões.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse na semana passada que o surto de coronavírus manterá o crescimento global abaixo da taxa de 2,9% observada em 2019, mas acabou não fornecendo previsões mais detalhadas, dizendo que ainda há muita incerteza.

Rice ressaltou os pedidos anteriores do FMI para uma ação coordenada um dia depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pegou a Europa desprevenida ao anunciar restrições significativas às viagens para os Estados Unidos da maioria dos países europeus.

A União Europeia disse que desaprovava a proibição unilateral de viagens e disse que a decisão foi tomada “unilateralmente e sem consulta”.

Rice não abordou o impacto específico das últimas restrições de viagens aos EUA.

Ele disse que o Fundo está trabalhando rapidamente para lidar com todos os pedidos de assistência relacionada ao coronavírus dos países membros, incluindo o Irã, e espera fornecer detalhes mais específicos “nos próximos dias”.

Ele disse que ficou claro que a forte queda nos preços do petróleo afetará países produtores de petróleo como Nigéria e Equador, entre outros.