FMI orienta Bancos Centrais a manterem juros elevados
O Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou que os banco centrais poderão precisar manter a política monetárias mais restritiva durante um período de tempo maior do que o previsto.
A análise foi feita e apresentada no relatório “Financial and climate policies for a high-interest-rate Era” (em português, “Políticas financeiras e climáticas para uma Era de taxas de juros elevadas”), publicado no site da entidade.
Segundo o FMI, as surpresas positivas nas perspectivas de inflação desafiariam a narrativa de “pouso suave”, resultando numa reavaliação potencialmente acentuada dos ativos.
“Embora a tensão aguda no sistema bancário global tenha diminuído, permanece uma cauda fraca de bancos em alguns países. As fissuras em outros setores também podem tornar-se aparentes e transformar-se em fraturas preocupantes que testariam novamente a resiliência do sistema financeiro global no caso de um aperto abrupto das condições financeiras”, apontou o relatório.
Contudo, o fundo entende que este cenário seria maléfico para os bancos por mais que eles se beneficiem com as altas taxas de juros. Isso porque as perdas com empréstimos também podem aumentar.
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Além disso, o setor bancário também investe em obrigações e outros títulos de dívida, que perdem valor quando as taxas de juro sobem.
“Os bancos podem ser forçados a vendê-los com prejuízo se forem confrontados com retiradas repentinas de depósitos ou outras pressões de financiamento. A falência do Silicon Valley Bank foi um exemplo dramático deste canal de perda de obrigações”.
Com isso, o FMI informou que desenvolveu uma ferramenta para acompanhar a fragilidade bancária emergente, concluindo que o sistema bancário parece “globalmente resiliente”.
“Com base nos dados atuais do mercado e nas previsões consensuais dos analistas, estes indicadores apontam para um grupo substancial de bancos mais pequenos em risco nos Estados Unidos, e preocupação para alguns credores na Ásia, incluindo a China, e na Europa, à medida que persistem as pressões sobre a liquidez e os lucros”, aponta.