FMI exalta status de Hong Kong como centro financeiro global
O status de Hong Kong como um centro financeiro global é importante não apenas para a China, mas para o resto do mundo, disse uma autoridade sênior do FMI nesta terça-feira, enquanto o território chinês enfrenta renovados distúrbios pró-democracia.
“Hong Kong é sustentado por um setor financeiro muito forte… e um sistema monetário ancorado em regras, bem governado e bem entendido pelo mundo”, disse Geoffrey Okamoto, vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma mesa redonda por teleconferência.
“Hong Kong é importante não apenas para a China, mas para o restante do mundo. Queremos manter (o status de) Hong Kong como um centro financeiro”, disse ele, acrescentando que o FMI espera publicar atualização de suas perspectivas econômicas mundiais em 24 de junho.
O parlamento da China aprovou recentemente decisão de avançar com legislação de segurança nacional de Hong Kong, que ativistas pró-democracia, diplomatas e alguns no mundo empresarial temem comprometer o status semiautônomo do território e seu papel como centro financeiro global.
Okamoto falou enquanto centenas de manifestantes se reuniam no centro da cidade de Hong Kong para marcar um ano de protestos pró-democracia, em meio a temores de uma nova instabilidade com a lei de segurança nacional.
A pandemia de coronavírus levou as economias ao redor do mundo à beira de uma profunda recessão, forçando o FMI a cortar suas previsões econômicas mundiais.
Okamoto disse que, embora a resposta imediata deva ser a implantação de todas as ferramentas necessárias para proteger vidas e empregos, o apoio quanto à política econômica precisa mudar quando os países encerrarem as medidas de restrição impostas para conter a pandemia.
“A reabertura das economias… e o retorno a uma fase de crescimento exigirão políticas econômicas diferentes. A remoção de algum apoio político (pode ser necessária), pois mantê-lo assim pode gerar efeitos mais distorcidos”, afirmou ele, sem fornecer mais detalhes.
As economias asiáticas adotaram medidas fiscais e monetárias extraordinárias para amortecer o impacto econômico da pandemia.
Alguns países que precisam de enormes quantias de financiamento externo sofreram grandes saídas de capital em março, embora a volatilidade do mercado tenha diminuído desde então.