FMI e Banco Mundial vão apresentar opção de “troca da dívida verde” até novembro, diz Georgieva
A troca da dívida verde pode estimular uma ação acelerada sobre a mudança climática nos países em desenvolvimento, disse nesta quinta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, prometendo apresentar uma opção para tais instrumentos até novembro.
“Quando somos confrontados por essa dupla crise as pressões da dívida sobre os países e a crise climática, às quais muitas nações de baixa renda estão altamente vulneráveis, faz sentido buscar esse objetivo em comum”, disse Georgieva.
O Banco Mundial e o FMI estão planejando lançar uma plataforma para assessorar os países mais pobres sobre o financiamento de atividades climáticas e de conservação, em meio a um impulso mais amplo que poderia vincular esses gastos ao alívio da dívida, informou a Reuters na quarta-feira, citando um documento preliminar.
As duas instituições também informaram em documento publicado nesta semana que estão desenvolvendo uma “estrutura organizacional” para unir o alívio da dívida aos planos dos países de investir em desenvolvimento sustentável, resiliente e inclusivo iniciativa conhecida pelo acrônimo Grid.
Georgieva confirmou que o FMI trabalhará com o Banco Mundial, ressaltando que a pandemia de Covid-19 evidenciou as restrições orçamentárias e os desafios da dívida, as quais dificultam a capacidade de alguns países de fazer transição para uma energia limpa, proteger a vida selvagem ou realizar mudanças na infraestrutura para se preparar para os impactos climáticos.