Economia

FMI diz que política monetária dos EUA deveria focar mais riscos de inflação

03 dez 2021, 12:25 - atualizado em 03 dez 2021, 12:25
FMI
“Seria apropriado para o Federal Reserve acelerar a redução das compras de ativos e antecipar a trajetória de altas dos juros”, disseram a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, e Tobias Adrian, chefe da divisão de mercados monetários (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta sexta-feira sobre a intensificação de pressões inflacionárias, especialmente nos Estados Unidos, e também novas incertezas causadas pela variante Ômicron do coronavírus, afirmando que o banco central norte-americano deveria focar mais os riscos de inflação.

Em texto publicado num blog nesta sexta-feira, a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, e Tobias Adrian, chefe da divisão de mercados monetários e de capitais do Fundo, alertaram que o ressurgimento da pandemia e a variante Ômicron aumentaram com força a incerteza em torno das perspectivas econômicas globais.

Mas eles disseram que a força da recuperação e a magnitude das pressões inflacionárias variam muito entre os países, e que as respostas podem ser calibradas para as circunstâncias únicas de economias individuais.

Nos EUA, onde os preços ao consumidor atingiram máxima de 31 anos em outubro, há bases, segundo eles, para que a política monetária coloque maior peso sobre os riscos de inflação em comparação com outras economias avançadas, incluindo a zona do euro.

“Seria apropriado para o Federal Reserve acelerar a redução das compras de ativos e antecipar a trajetória de altas dos juros”, escreveram eles, ecoando comentários feitos nesta semana pelo chair do Fed, Jerome Powell.

Ao longo do tempo, escreveram, outros países podem precisar apertar a política monetária mais cedo que o esperado se as pressões inflacionárias se tornarem mais generalizadas.

Eles pediram que as autoridades permaneçam ágeis, focadas em dados e comuniquem cuidadosamente suas ações de política monetária “para não provocar pânico no mercado que teria efeitos prejudiciais”, especialmente a economias emergentes e em desenvolvimento.

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