FMI critica aumento de tarifas de importação de aço nos EUA e diz que haverá danos para a economia do país
Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini
O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, criticou hoje as declarações do presidente americano Donald Trump, de que é preciso impor restrições à importação de aço para proteger a indústria americana do que seria a concorrência desleal de outros países. De maneira indireta, Rice criticou o discurso de Trump de que uma guerra comercial pode ser boa e que os Estados Unidos vão vencê-la.
Para Rice, as restrições de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos provavelmente causarão danos não só fora dos EUA, mas também para a própria economia dos EUA, inclusive para seus setores de fabricação e construção, que são os principais usuários de alumínio e aço.
“Estamos preocupados com o fato de as medidas propostas pelos Estados Unidos expandirem as circunstâncias em que os países utilizam a lógica de segurança nacional para justificar restrições amplas de importação”. Segundo o porta-voz, “Nós encorajamos os EUA e seus parceiros comerciais a trabalhar de forma construtiva em conjunto para reduzir as barreiras comerciais e resolver os desentendimentos comerciais sem recorrer a tais medidas de emergência”.
As declarações de Trump provocaram forte reação internacional, especialmente dos parceiros comerciais do país, e do mercado financeiro, com queda nas bolsas por boa parte do dia. As ações de siderúrgicas despencaram no Brasil, com a ação ON da CSN perdendo 5,05%, Usiminas PNA 3,90% e Gerdau Metalúrgica PN, 2,38%.
O Índice Bovespa fechou em alta de 0,45%, aos 85.761 pontos.