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FMI: bitcoin como moeda de El Salvador apresenta diversos problemas macroeconômicos

10 jun 2021, 13:37 - atualizado em 17 jun 2021, 7:59
Mesmo que El Salvador já tenha pensado nos efeitos práticos do uso do bitcoin como sua moeda corrente, o FMI está preocupado com os aspectos macroeconômicos e legais dessa decisão (Imagem: Reuters/Yuri Gripas)

Um porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse, antes de uma reunião com o presidente de El Salvador Nayib Bukele, que a lei bitcoin recém-estabelecida do país “apresenta inúmeros problemas macroeconômicos, financeiros e legais que exigem uma análise bem cuidadosa”.

Nessa quarta-feira (9), o Congresso Salvadorenho aprovou uma lei, proposta por Bukele, que considera o bitcoin (BTC) como a moeda corrente no país, incluindo mandatos para aceitar o bitcoin como meio de pagamento.

Também apresentou alicerces para o envolvimento do governo no fomento do uso do bitcoin em El Salvador. Bukele deixou bem claro, em uma série de declarações públicas, que ele visa atrair empresas cripto para o país.

No Twitter Spaces, Bukele disse que a lei bitcoin seria discutida em uma reunião com o FMI.

Segundo a Reuters, nesta quinta-feira (10), Gerry Rice, porta-voz do FMI, disse que a “adesão do bitcoin como uma moeda corrente apresenta inúmeros problemas macroeconômicos, financeiros e legais que exigem uma análise bem cuidadosa. Iremos seguir os desenvolvimentos de perto e continuar nossas consultorias com as autoridades”.

El Salvador visa obter mais de US$ 1 bilhão em empréstimos do FMI como parte de uma proposta linha de crédito de três anos, segundo um artigo da Reuters em março. A iniciativa segue vitórias legislativas do partido político de Bukele que o deu controle majoritário sobre o legislativo do país.