Economia

FMI aumenta ligeiramente previsão de crescimento do Brasil em 2021 para 3,7%

06 abr 2021, 10:07 - atualizado em 06 abr 2021, 11:09
A perspectiva do FMI para o grupo de mercados emergentes e em desenvolvimento, que inclui o Brasil, melhorou em 0,4 ponto percentual para este ano (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas/File Photo)

As economias latino-americanas apresentarão um crescimento um pouco melhor que o esperado em 2021 graças à recuperação da atividade econômica entre os exportadores de matérias-primas, embora a recuperação pareça mista e a falta de vacinas contra a Covid-19 continue a ser um entrave, disse o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira.

Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI estimou uma expansão de 4,6% para a América Latina e o Caribe neste ano, uma melhora de 0,5 ponto percentual em relação à estimativa de janeiro. Em 2022, a região crescerá 3,1% após sofrer uma contração de 7% no ano passado.

O Brasil, principal economia latino-americana, apresentará neste ano um avanço de 3,7%, um ajuste positivo de apenas 0,1 ponto percentual diante do forte impacto da pandemia, disse o FMI. Em 2022, é esperada uma expansão de 2,6%.

O relatório também ajustou a projeção de crescimento do México a 5% este ano e 3% em 2022. O resultado deriva da capacidade exportadora do país e seus fortes vínculos comerciais com os Estados Unidos, onde se espera para este ano um dos ritmos de expansão mais forte em ao menos quatro décadas.

“Com algumas exceções, como o Chile, a Costa Rica e o México, a maioria dos países não garantiu vacinas suficientes para todas as suas populações”, disse o FMI, que pediu o reforço das contribuições para distribuir as vacinas do consórcio Covax Facility às nações com poucos recursos.

A economia argentina, que contraiu 10% no ano passado segundo os cálculos do Fundo, crescerá 5,8% em 2021 e 2,5% no próximo ano, segundo o relatório.

O relatório chamou a atenção para o aumento da desigualdade nos meses da pandemia e estimou que 95 milhões de pessoas caíram para a extrema pobreza, em todo o mundo, em 2020.

(Atualizada às 11h08)