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FMI alerta que coronavírus pode afetar economia do Japão através de turismo e comércio

10 fev 2020, 14:41 - atualizado em 10 fev 2020, 14:41
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O chefe de missão do FMI no Japão não forneceu estimativas sobre o quanto o surto viral poderia impactar no crescimento do Japão (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

Um surto prolongado e generalizado de coronavírus poderia prejudicar a economia do Japão, afetando o turismo, o varejo e as exportações, entre outras áreas, alertou uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A disseminação do coronavírus representa um risco de queda emergente para a economia japonesa, embora o impacto econômico dependa da disseminação da doença e das respostas”, disse à Reuters Paul Cashin, chefe de missão do FMI para o Japão.

“Se prolongado e generalizado, deverá afetar as atividades de turismo e varejo do Japão por meio de um declínio nas chegadas e gastos de turistas chineses e de outros locais, disse ele em uma entrevista escrita publicada na terça-feira.

O surto do vírus também poderia afetar o comércio e os investimentos, já que qualquer desaceleração na economia chinesa é capaz de prejudicar a produção das empresas japonesas e interromper as cadeias de suprimentos, acrescentou Cashin.

O chefe de missão do FMI no Japão não forneceu estimativas sobre o quanto o surto viral poderia impactar no crescimento do Japão, dizendo que o impacto será levado em consideração quando o FMI atualizar suas previsões globais em abril.

O vírus, que começou na China e se espalhou para 27 países e regiões, aumentou a preocupação entre as autoridades japonesas de que a terceira maior economia do mundo – já prejudicada pela fraca demanda global e consumo privado – poderia entrar em recessão.

As montadoras japonesas produzem peças e os varejistas vendem uma grande variedade de produtos na China, que é o segundo maior destino de exportação do Japão.

O surto também é um golpe às lojas de departamento e hotéis japoneses, visto que os chineses representam 30% de todos os turistas que visitam o Japão e quase 40% da soma total de gastos de turistas estrangeiros no ano passado, segundo uma pesquisa da indústria.