FMI alerta que BC inglês não seja lento demais na alta de juros
O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu ao banco central da Inglaterra nesta terça-feira que evite um “viés de inação” quando se trata de aumentar as taxas de juros, já que prevê que a inflação britânica atingirá uma máxima em 30 anos de cerca de 5,5% no próximo ano.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) disse que as taxas precisarão aumentar para garantir que a inflação de preços ao consumidor –atualmente de 4,2%– retorne à sua meta de 2% nos próximos dois anos.
Mas o banco central evitou no mês passado uma elevação de taxa amplamente esperada, devido à preocupação com o impacto do fim do programa de licença de trabalho do governo, e deve fazê-lo novamente na próxima quinta-feira devido à disseminação da variante Ômicron do coronavírus.
Questionada se o BoE deveria ter aumentado as taxas em novembro, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse a repórteres que o banco central “tem trabalhado com bom senso” e observou que há uma reunião importante nesta semana.
O FMI, em um relatório anual sobre a economia britânica, disse que o BoE enfrenta dilemas difíceis, mas não deve demorar muito a subir os juros.
“Seria importante evitar o viés de inação, tendo em vista os custos associados à contenção dos impactos de segunda ordem. Uma comunicação cuidadosa seria necessária para estabelecer as bases com os mercados para movimentos de política monetária potencialmente mais frequentes”, acrescentou.