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Fluxo de pessoas no varejo sobe, mas lojas de rua perdem público ante 2020

16 dez 2021, 12:27 - atualizado em 16 dez 2021, 12:27
Comércio
As lojas localizadas em ruas receberam 14% mais visitas no levantamento mensal, enquanto os estabelecimentos situados nos shoppings avançaram 23% (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O fluxo de consumidores no varejo brasileiro manteve a tendência de crescimento na comparação mensal em novembro de 2021, mas na comparação anual, as lojas de rua perdem público.

É o que mostra o levantamento do IPV – Índice de Performance do Varejo, organizado pelo venture capital HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

As lojas físicas tiveram aumento de 15% no fluxo de visitas na comparação com outubro. Os shopping centers, por sua vez, cresceram 9%.

As lojas localizadas em ruas receberam 14% mais visitas no levantamento mensal, enquanto os estabelecimentos situados nos shoppings avançaram 23%.

No comparativo anual, os shopping centers permanecem com movimento positivo: 15% em relação a novembro de 2020 – no acumulado do ano, a alta também é de 15%.

Já as lojas físicas caíram 16% na análise, com acumulado de 2021 em queda (-8%). Os resultados estão associados à menor quantidade de visitas principalmente em lojas situadas na rua, cuja variação foi de -18% no período, ante à queda de 1% em lojas que atuam dentro de shopping centers.

No comparativo anual, os shopping centers permanecem com movimento positivo: 15% em relação a novembro de 2020 – no acumulado do ano, a alta também é de 15%  (Imagem: REUTERS/Eduardo Munoz)

O Índice de Vendas, por sua vez, mostrou crescimento tanto na comparação anual quanto na mensal. Em relação a outubro de 2021, a quantidade de cupons, ou seja, o número de vendas, cresceu 14% para as lojas situadas em shopping centers e 16% para lojas localizadas na rua.

O faturamento também teve performance ascendente nos dois tipos de estabelecimento, registrando alta de 12% e 20%, respectivamente.

Já no comparativo com novembro de 2020, a quantidade de cupons teve crescimento de 19% em lojas localizadas nos shopping centers e 9% nas lojas em ruas. Já o faturamento subiu 26% e 7%, respectivamente.

Na Black Friday, o fluxo de visitantes registrado no período de compras em 2021 não foi superior ao de 2020 e segue abaixo do indicador de 2019, antes da pandemia de covid-19.

Em relação à última sexta-feira de novembro, os shopping centers tiveram alta de 3,4% no comparativo com o ano passado e queda de 46,7% em 2019. As lojas físicas caíram 22,8% em relação a 2020 e 60% a 2019.

As vendas da última sexta-feira de novembro seguiram o mesmo padrão do fluxo de visitantes. Em relação a 2020, houve crescimento de 6% no faturamento e de 2% na quantidade de cupons.

Black Friday
Na Black Friday, o fluxo de visitantes registrado no período de compras em 2021 não foi superior ao de 2020 e segue abaixo do indicador de 2019, antes da pandemia de covid-19 (Imagem: Agência Brasil)

Já no comparativo com 2019, a queda é de 16% no volume financeiro e de 27% no total de pedidos. Em relação à semana inteira, o faturamento cresceu 1% no ano passado e 2% há dois anos. Já o total de cupons caiu 2% (2020) e 8% (2019).

Os dados são provenientes das empresas FX Data Intelligence, plataforma de monitoramento da jornada do consumidor e da performance da operação no varejo físico; F360º, plataforma de gestão financeira para pequenos e médios varejistas; e Harmo, plataforma de feedback intelligence que integra gestão de reputação online de estabelecimentos offline.

O estudo é chancelado pela 4intelligence, empresa que desenvolve plataformas de inteligência para o mercado B2B e que também é responsável pela metodologia das análises, garantindo mais equilíbrio ao estudo e agregando outros índices para ratificar a sinergia com distintos benchmarks do mercado, como a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) e os Reports do Google Community Mobility.

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