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Fleury (FLRY3) tem queda de lucro no 1º tri, mas operacional cresce

05 maio 2022, 18:40 - atualizado em 05 maio 2022, 18:40
Fachada do Laboratório Fleury, em São Paulo.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 289 milhões de reais para o Fleury no primeiro trimestre, segundo dados da Refinitiv (Imagem: Fleury/Divulgação)

O grupo de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) teve lucro líquido ajustado de 110,4 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 6,9% sobre um ano antes.

A companhia também anunciou a aquisição, por 120 milhões de reais, de 100% da rede de vacinas e cirurgias de baixa complexidade Saha, ampliando a aposta em serviços complementares ao seu negócio principal.

O resultado operacional da companhia, medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) somou 326,6 milhões de reais de janeiro a março, alta de 14,4% no comparativo anual.

Mas a margem Ebitda caiu 1,9 ponto percentual, para 30%.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de 289 milhões de reais para o Fleury no primeiro trimestre, segundo dados da Refinitiv.

Embora a receita líquida tenha sido 21,9% maior ano a ano, para o recorde de 1,09 bilhão de reais, a companhia teve um aumento mais acelerado das despesas.

Segundo o diretor de finanças, José Filippo, isso se deveu à base de comparação, já que no primeiro trimestre de 2021 a companhia fez um ajuste extraordinário das despesas durante um período mais críticos da pandemia. “Tínhamos tido uma contenção de despesas anormal”, disse ele.

Filippo e a presidente-executiva do Fleury, Jeane Tsutsui, explicaram que a companhia ampliou o quadro de empregados, em parte para atender um nível maior de demanda pós-pandemia, com o crescimento da base de usuários de planos de saúde complementar.

Segundo a presidente do Fleury, a companhia tem negociado com planos de saúde um repasse de 50% a 70% da inflação anual medida pelo IPCA.

Enquanto aguardam a divulgação de um índice de reajuste dos planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras do setor têm sido alvos de questionamentos na justiça por aplicarem aumentos maiores após terem tido despesas recordes no ano passado diante dos efeitos da Covid-19.

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