Saúde

Fleury (FLRY3): Santander eleva recomendação para compra por três motivos e vê potencial valorização de mais de 35% nas ações

28 jun 2024, 13:54 - atualizado em 28 jun 2024, 13:54
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(Imagem: Facebook/Fleury)

Os diagnósticos e os resultados positivos têm mudado a visão dos analistas sobre a Fleury. Depois do BTG Pactual, o Santander decidiu elevar a recomendação das ações FLRY3 de neutra para compra. 

O preço-alvo de R$ 19,50 foi mantido — o que representa uma potencial valorização de 35,4% em relação ao fechamento. 

Em reação, as ações FLRY3 operam em alta de 1,07%, a R$ 15,08 por volta de 13h20 (horário de Brasília). Mais cedo, os papéis atingiram máxima a R$ 15,15 (+1,54%) na B3.

Na avaliação dos analistas, o potencial crescimento da companhia um anos após a fusão entre Fleury e Pardini e o segmento lab-to-lab (L2L, que é a integração de laboratórios em todo o país) são os principais fatores para a revisão positiva. 

Isso porque, para o Santander, o L2L é uma oportunidade para a companhia, já que o segmento de diagnósticos permanece altamente fragmentado no Brasil, com mais de 30.000 unidades em todo o país.

“Esperamos ganhos de participação de mercado devido à melhoria do nível de serviço após a fusão com a Pardini. Em nossa opinião, as receitas L2L, que estimamos em 12% CAGR (taxa de crescimento anual composta) entre 2024 e 2027, serão o principal impulsionador do crescimento da receita do Fleury”, escrevem os analistas Caio Moscardini, Karoline Silva Correia e Guilherme Gripp. 

Em linhas gerais, o modelo L2L é a integração de pequenos laboratórios que coletam amostras de sangue, principalmente, com um parceiro logístico que processa a amostra e entrega os resultados, geralmente através de uma plataforma digital.

Esse modelo já era adotado pela Pardini antes da fusão com a Fleury. Como resultado da integração dos negócios, as instalações de processamento técnico L2L aumentaram consideravelmente — principalmente nos principais estados do Norte e Nordeste, além da presença significativa no Sul e Sudeste. 

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Três motivos para comprar FLRY3

Os analistas do Santander têm três motivos para comprar as ações da Fleury (FLRY3). 

Os papéis, na avaliação do banco, podem ser um bons investimentos em um ambiente macroeconômico volátil — visão que também é compartilhada pelo BTG Pactual

A melhoria da dinâmica dos lucros é outro motivo ‘atraente’ para FLRY3.  Isso porque a companhia é geradora de caixa e a alavancagem permanece baixa em 1,2x a relação dívida líquida e lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (ND/Ebitda). 

O banco espera que a receita do Fleury cresça 8,2% no segundo trimestre deste ano e 8,7% no acumulado de 2024. 

Do lado da margem, a aceleração da receita da marca Fleury, o aumento da eficiência dos “novos links” e as sinergias com a Pardini podem levar a margem Ebitda ajustada a expandir para 25,9% no segundo trimestre, um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Para 2024, o crescimento deve ser de 26,1%, uma alta de 1% na comparação anual.

Além disso, a ação está ‘barata’. Nas contas do Santander, a Fleury está sendo negociada a 9,8x preço/lucro (P/L), abaixo da média histórica de três anos de 14x. 

Por fim, a joint venture da Dasa com a Amil, anunciada no início de junho, não deve ser uma preocupação significativa no curto prazo para a Fleury. 

“A gestão da JV está focada em reverter as operações sem gerar desgaste entre os clientes da DASA e da Amil. Assim, acreditamos que os esforços para redução de custos e despesas estarão concentrados nas operações hospitalares menos eficientes. Além disso, ambas as empresas continuam a lidar com a elevada alavancagem”, afirmam os analistas.