Fleury (FLRY3): BTG Pactual eleva recomendação para compra pela 1ª vez em cinco anos
O jargão popular “melhor prevenir do que remediar” prevaleceu, mais uma vez, na avaliação das empresas do setor de saúde. Pelo menos, para o BTG Pactual.
O banco elevou a recomendação de Fleury (FLRY3) de neutro para compra, pela primeira vez em um pouco mais de cinco anos de cobertura dos papéis.
O preço-alvo, por sua vez, foi ajustado para baixo: de R$ 21,50 para R$ 18 – o que ainda representa uma potencial valorização de 24,7% em relação ao fechamento anterior.
Em reação, os papéis da Fleury encerraram o pregão desta quinta-feira (27) com alta de 3,61%, a R$ 14,92.
Para os analistas do BTG, FLRY3 é uma ação “promissora e fora da curva” em meio ao cenário de alta volatilidade do Ibovespa, grandes resgates de fundos locais e saída de investidores estrangeiros da B3 – que têm penalizado os papéis cíclicos.
“Com um modelo de negócios de diagnóstico resiliente, previsível e amplamente estável – com média de crescimento orgânico próximo dos dois dígitos de expansão – a Fleury parece um tanto isolada dos muitos ventos contrários que atingiram duramente outras ações”, escrevem os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, que assinam o relatório.
Sendo assim, as ações da companhia são consideradas uma ‘excelente jogada defensiva para incluir na carteira’ por dois motivos: dividendos atraentes combinados com a expectativa de ‘um sólido impulso’ nos lucros como resultado das sinergias entre a Fleury e a Pardini.
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Fleury está ‘barata’?
Embora Fleury não ofereça grandes perspectivas de crescimento dada a sua elevada participação de mercado, na visão dos analistas, a ação está com o valuation atraente – depois da queda de 20% desde janeiro.
A companhia tem um dos dividendos mais elevados do setor de saúde. O BTG projeta um rendimento (dividend yield) de 7,4% em 2024 e de 8,8% em 2025.
Além disso, a perspectiva é de salto de 53% do lucro por ação no segundo trimestre em relação ao ano anterior.
Esse avanço deve ser apoiado pelo crescimento da receita e expansão da margem do lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) – com a melhoria da alavancagem operacional e aumento de sinergias com Pardini.
A companhia também é geradora de fluxo livre de caixa (FCF). Segundo os analistas, a Fleury deve entregar um rendimento de 8,5% em 2024 e de 11% em 2025.
Apesar da visão positiva, os analistas do BTG ainda aconselham os investidores a manterem maior exposição à Hapvida (HAPV3) – a preferida (top pick) do setor de saúde.