Política

Flavio Bolsonaro diz ser vítima de campanha de difamação e continua a acreditar na Justiça

20 jun 2020, 16:18 - atualizado em 20 jun 2020, 20:21
Flavio Bolsonaro Jair Bolsonaro
(Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse neste sábado que é vítima de uma verdadeira campanha de difamação e que acredita na Justiça, dois dias após um ex-assessor dele, Fabrício Queiroz, ser preso em São Paulo numa investigação que apura um esquema de desvio de recursos de salários de funcionários do gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, que na época que era deputado estadual.

“O senador Flávio Bolsonaro é vítima de um grupo político que tem patrocinado uma verdadeira campanha de difamação. Essas pessoas têm apenas um objetivo: recuperar o poder que perderam na última eleição”, diz nota do senador.

“Apesar dos incessantes ataques à sua imagem, Flávio Bolsonaro continua a acreditar na Justiça. Ele reafirma inocência em qualquer das acusações feitas por seus inimigos e garante que seu patrimônio é totalmente compatível com os seus rendimentos. Tudo ficará inequivocamente comprovado dentro dos autos. A verdade prevalecerá”, completou.

Queiroz é apontado nas investigações como suposto coordenador do esquema de cobrança de um pedágio sobre os vencimentos dos assessores parlamentares conhecido como rachadinha. Ele teve um habeas corpus para ir para prisão domiciliar negado pela Justiça do Rio neste sábado.

O ex-assessor foi preso em um imóvel em Atibaia, no interior paulista, que pertence a Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro e do presidente.

Entre as descobertas apontadas na decisão que levou à prisão de Queiroz, com base em documentos, constariam que o ex-assessor pagava mensalidades da escola das filhas de Flávio e o plano de saúde do atual senador.

Há também menção que um advogado de Flávio que teria orientado servidores a não prestarem depoimento ao Ministério Público no inquérito. Um defensor do senador, responsável pelas contas eleitorais dele, também faria contato com Queiroz, repassaria instruções e até recursos financeiros.