Esportes

Flamengo: veja quanto suas ações teriam subido na bolsa, desde o Mundial de 1981

29 nov 2019, 15:01 - atualizado em 29 nov 2019, 15:01
Flamengo comemora a Libertadores 2019
Recomendação de compra: quanto o próximo Mundial já pesaria no valor dos papéis hoje? (Imagem: Divulgação/Flamengo/Facebook)

Imaginar como seria o desempenho dos times de futebol, se tivessem ações listadas na B3 (B3SA3), a bolsa brasileira, tornou-se um esporte entre analistas de mercado nos últimos dias. Primeiro, porque a Câmara aprovou o projeto de lei que permite os clubes se transformarem em empresas. O projeto precisa, agora, passar pelo Senado.

Segundo, devido à conquista histórica do Flamengo no último fim de semana, faturando a Libertadores e o Brasileirão em apenas 24 horas.

Para alguns analistas, como Felipe Silveira, da Capital Research, o Flamengo valeria hoje cerca de R$ 1,1 bilhões, considerando-se as receitas e os lucros já obtidos até setembro e o que deve contabilizar até o fim do ano. Seria o suficiente para que a equipe carioca superasse empresas com tradição na bolsa, como a Gafisa (GFSA3) e a Positivo (POSI3).

Já Max Bohm, da Empiricus, compara o desempenho do clube ao de uma microcap que, com trabalho sério e consistência, supera crises, acerta o foco e, num determinado momento, dispara. Antes de conquistar o Mundial de 1981, o Flamengo era “uma microcap em um mercado de grandes times, como Botafogo, Santos e Palmeiras, que haviam conquistado muito mais expressão à época”, segundo o analista.

Na máxima

O Mundial teria catapultado o clube à máxima cotação de suas ações na época. Mas, em vez de aproveitar o bom momento, uma série de decisões erradas das gestões seguintes mergulharam-no numa profunda crise. As ações só parariam de cair, e apresentariam alguma recuperação, em 1992, ao vencer o Campeonato Brasileiro.

Gráfico do Flamengo
(Fonte: Empiricus)

O “Flamengo SA”, contudo, não teria sustentado a alta dos papéis, ao insistir em estratégias equivocadas, apesar de outro soluço no seu valor de mercado, em 2009, com outro Brasileirão. A virada só começaria em 2013, com a eleição de Eduardo Bandeira de Mello para a presidência do clube. A reestruturação continuou com seu sucessor, Rodolfo Landim.

O que se veria então, na bolsa, seria uma escalada dos papéis do Mengão, a ponto de superar a máxima histórica cravada em 1981. “Podemos dizer que essa microcap dos anos 1970 estaria chegando ao seu maior valor de mercado da história, decorrente de uma receita crescente, dívida controlada e gestão eficiente”, afirma Bohm.

“O Flamengo de hoje é exemplo para qualquer empresa. Uma microcap lá em 1970 que se tornou uma largecap em 2019”, acrescenta. E então? Alguma sugestão para o ticker do Flamengo na Bolsa? Nossa sugestão: MENG3.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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