Copasa: Fitch vê custos com funcionários pressionar margens e reduz perspectiva para estável
A Fitch revisou a perspectiva do rating corporativo da Copasa (CSMG3) de positivo para estável, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (06).
De acordo com a agência classificadora de risco, a redução reflete a queda moderada nas margens de Ebitda, que mede o resultado operacional, nos próximos dois anos devido as pressões em sua estrutura de custos com funcionários.
“Este fator, associado ao esperado aumento de investimentos, deve limitar a capacidade de diminuição dos índices de alavancagens da companhia e manter seu perfil financeiro compatível com a atual classificação”, afirmou.
A Fith também acredita que a Copasa deverá reportar menor liquidez.
Além disso, a agência contemplou na análise as maiores incertezas sobre os impactos da pandemia do coronavírus nos indicadores da empresa, em especial nos de inadimplência.
Privatização cada vez mais longe
Apesar do marco do saneamento ter facilitado a entrada de investimentos privados no setor de saneamento, a medida pode atrapalhar ainda mais os planos de privatização da Copasa, avalia a XP Investimentos em relatório.
De acordo com a corretora, o problema está na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, onde o projeto encontra resistência de deputados.
Segundo o relatório, na visão dos parlamentares, o novo marco do saneamento abre a possibilidade de maior concorrência dentro da exploração do setor de saneamento básico.
“Vemos uma complexidade adicional para a privatização da companhia após o acordo para veto ao Parágrafo 1 do Artigo 14 do novo marco do saneamento, que dispensava a anuência de municípios para a privatização de estatal de saneamento caso não houvesse alterações nos contratos da companhia”, afirmou.