Fitch corta ratings de aéreas da América Latina, incluindo Gol e Azul

A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta sexta-feira o corte nos ratings companhias aéreas da América Latina, incluindo os de Gol ( GOLL4) e Azul (AZUL4), mantendo-os em observação negativa, o que pode implicar reduções adicionais.
Em nota, a Fitch atribuiu a decisão ao atual cenário imposto pela pandemia do coronavírus, com forte queda esperada na demanda devido a proibições de viagens, distanciamento social e atividade econômica mais lenta.
A nota de crédito da Azul caiu em dois degraus, de BB- para B, enquanto a da Gol teve redução de um nível, também para B.
“Os rebaixamentos refletem o aumento do risco de crédito como resultado da pandemia de coronavírus, que levará a fluxo de caixa negativo, posições de liquidez diminuídas e balanços mais fracos”, afirmou a Fitch no relatório.

As notas de Latam Airlines e da Avianca também foram cortadas pela agência.
As companhias aéreas da região responderam à crise com reduções de capacidade que variam de 30% a 50% nos mercados domésticos e até 95% nos mercados internacionais.

Para a Fitch reduções adicionais de capacidade no Brasil podem acontecer à medida que o vírus se espalhe e sejam impostas medidas mais restritivas que sufocam a demanda.
Ainda segundo a Fitch, os cortes de rating levam em conta a expectativa de um período de recuperação lento, a acentuada deterioração do câmbio e o descasamento entre as obrigações de dívida e arrendamento e as receitas geradas pelas operações domésticas.