Fiscalização paralisa plataforma a serviço da Petrobras na Bacia de Santos
As operações da plataforma FPSO Cidade de Santos, a serviço da Petrobras (PETR4), estão paralisadas desde a última quinta-feira após uma fiscalização de autoridades apontar inconformidades, informou nesta segunda-feira a Modec, operadora da unidade que produz nos campos de Uruguá e Tambaú.
A paralisação foi resultado da Operação Ouro Negro, que realiza ações de inspeção e fiscalização em plataformas marítimas e é normalmente composta por órgãos como a Marinha, a reguladora ANP, o Ministério Público do Trabalho (MPT), o órgão ambiental federal Ibama, dentre outros.
A FPSO Cidade de Santos, um tipo de navio flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás, fica na Bacia de Santos. A produção diária da plataforma é de aproximadamente 8,5 mil barris de petróleo por dia, segundo a Modec.
A empresa não detalhou a natureza e nem o volume das inconformidades encontradas. Em um dos casos, a empresa informou que a auditoria recomendou melhorias na gestão do benzeno, uma substância que, segundo ela, seria característica natural deste campo.
“A equipe da embarcação está trabalhando para solucionar as pendências apontadas e retomar a operação da unidade o mais breve possível”, disse a Modec por email, sem informar um prazo.
A empresa afirmou ainda que a plataforma segue com o número máximo de pessoas a bordo e que não houve desembarque em decorrência da auditoria.
A Petrobras preferiu não responder a pedidos de comentários.
É a segunda notícia envolvendo problemas em plataformas da Modec no Brasil em cerca de um mês.
Em agosto, a Modec informou que trincas foram encontradas no casco da plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro –já fora de operação e em processo de desmobilização–, no campo de Espadarte, na Bacia de Campos. O problema levou ao vazamento de óleo residual.