Renda Fixa

Fiscal e ata do Copom no radar: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

11 nov 2024, 11:00 - atualizado em 11 nov 2024, 11:00
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Os juros futuros brasileiros encerraram a semana com forte fechamento. (Imagem: inkdrop)

Na última semana, o mercado teve diversos eventos para se preocupar. Além da eleição americana os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos decidiram os próximos passos da política monetária.

Enquanto o Banco Central decidiu por uma alta de 50 pontos-base, passando para 11,25%, e o Federal Reserve (Fed) cortou 0,25 ponto percentual, chegando a um intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano.

Ainda na última sexta-feira (8), o mercado recebeu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, que subiu 0,56% em outubro — apontando para uma aceleração em relação à alta de 0,44% apurada em setembro.

Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento em todos os vértices da curva. As taxas de juro real tiveram uma queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando no patamar de 6,70%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam com uma variação positiva durante a semana. O destaque maior no período foi a NTN-F 2033, com 2,35%, e a menor ficou com LFT 2028, com 0,21%.

Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana próximos à estabilidade. O índice IDEX-DI fechou em 1,75%, contra 1,74% da semana passada.

Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 665 milhões, R$ 501 milhões em debêntures incentivadas, R$ 246 milhões em CRIs e R$ 294 milhões em CRAs.

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O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

A semana começa com a expectativa de qual será o tamanho do corte de gastos que o governo e a equipe econômica está para prestes a anunciar.

Na semana passada, Fernando Haddad se encontrou diversas vezes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de outras pastas para determinar as medidas de contenção de gastos e disse que a maior parte dos membros do governo que participam das discussões haviam convergido sobre a necessidade do conjunto de medidas.

O dia que essas medidas serão anunciadas, no entanto, não está definido. O mercado projeta que o corte de gastos pode variar entre R$ 30 bilhões e R$ 60 bilhões.

Enquanto isso, nessa segunda-feira (11), o mercado recebeu as novas projeções do Relatório Focus que apontam para uma alta na inflação acima da meta.