Fintechs recebem 74% dos aportes realizados em startups em fevereiro
As fintechs continuam no pódio como as maiores recebedoras dos investimentos realizados em startups, com US$ 567 milhões em aportes em fevereiro, 74% do total das companhias de tecnologia. Os dados são da Distrito e da Box Bancos.
A maior parte do dinheiro foi da rodada de investimentos da Neo, que levantou US$ 300 milhões e se tornou um unicórnio após o aporte.
Na sequência, aparecem as HRTechs, as famosas startups de recursos humanos, (com US$ 102 milhões), real estate (ou imobiliárias) (US$ 25,9 milhões), retailtechs, de varejo, (US$ 17,2 milhões) e martechs, com foco em tecnologia e marketing (US$ 14,7 milhões).
No geral, as startups brasileiras receberam US$ 763 milhões em aportes em fevereiro, alta de 129% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a pesquisa, o crescimento aconteceu em startups em vários estágios de captação, com a evolução do valor médio captado nas rodadas de investimentos.
Para Gustavo Gierun, CEO do Distrito, esse dado aponta para a maior maturidade do ecossistema brasileiro, que tem recebido rodadas cada vez mais robustas
“Observamos tickets de séries A e B, por exemplo, já se assemelhando ao de mercados mais consolidados, como o americano e o asiático. Ainda é um ponto um pouco fora curva, mas vale acompanhar o movimento”, diz.
De acordo com a pesquisa, o número de fusões e aquisições ficaram estáveis em relação ao ano passado: foram 13 transações em 2022 e 14 em 2021. Já no comparativo mensal, houve um avanço de 17,24%, de 29 para 34 fusões.
As fintechs também lideram o ranking quando o assunto são as fusões e aquisições e participaram de oito negociações.
“Alguns fundos estão promovendo rodadas de investimento já considerando M&As para consolidação do mercado no curto prazo, como aconteceu com Gupy e Kenoby. O mercado está acelerando por meio de fusões e aquisições, algo que não era tão usual no passado”, conclui Gierun.