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Jeff Bezos investe US$ 45 milhões na Stark Bank, fintech brasileira inspirada no “Homem de Ferro”

11 abr 2022, 9:02 - atualizado em 11 abr 2022, 9:19
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O anúncio acontece quatro meses após a fintech ter feito sua primeira captação de investidores de capital de risco, de US$ 13 milhões (Imagem: Shutterstock)

A fintech e plataforma de soluções financeiras para empresas Stark Bank anunciou nesta segunda-feira que recebeu um aporte de 45 milhões de dólares liderada pelo fundo de investimento Ribbit Capital e que incluiu entre outros o fundo Lachy Groom e a Bezos Expeditions, de Jeff Bezos, fundador da Amazon.

O anúncio acontece pouco mais de quatro meses após a fintech criada em 2018 ter feito sua primeira captação de investidores de capital de risco, de 13 milhões de dólares, ilustrando como os prazos entre os aportes em startups brasileiras têm diminuído rapidamente, à medida que cresce a disputa com grandes bancos.

Fundadores do Airbnb, da Kavak e executivos da DST, Visa e Coinbase também participaram desta nova rodada. A companhia não revelou em quanto foi avaliada no novo aporte, mas seu fundador, Rafael Stark, disse que a transação a coloca “perto da condição de unicórnio”, numa referência a startups avaliadas em ao menos 1 bilhão dólares.

Além de soluções de gestão de contas a pagar e a receber, a Stark Bank vende produtos de câmbio, cartão corporativo, folha de pagamentos e gestão de cobrança via boleto e Pix. Além das operações transacionais, a companhia vem expandindo serviços como controle de gastos, conciliação e gestão financeira, enquanto busca tomar espaço dos grandes bancos de varejo.

A empresa afirma ter mais de 300 clientes, entre médios e grandes, a maioria de negócios também baseados em tecnologia, incluindo Quinto Andar, Loft, Buser, Bitso, além da Colgate. O nome Stark Bank é uma alusão ao filme “Homem de Ferro“.

Segundo o executivo, os novos recursos permitirão à fintech adicionar produtos de investimentos, oferta de crédito e recebimento de pagamentos via cartão.

A fintech também passará a alugar sua infraestrutura para atender outras fintechs e instituições financeiras, com APIs (tecnologia para interface entre aplicativos) para participantes diretos e indiretos do PIX, emissão de cartões com a marca dos clientes e emissão de CCBs (Cédula de Crédito Bancário).

“Queremos impulsionar fintechs e permitir que possam emprestar dinheiro usando nossa CCB e que qualquer empresa possa emitir cartão com sua marca em menos de uma semana”, disse Stark à Reuters, revelando que o plano da startup é de crescer seu faturamento em 10 vezes neste ano.

Após uma primeira onda de bancos digitais com foco no varejo, negócios digitais no Brasil estão ganhando popularidade entre empresas de todos os tamanhos, movimento catalisado por inovações regulatórias lideradas pelo Banco Central, como o pagamento instantâneo PIX e o open banking, que ampliou a competição no setor financeiro altamente concentrado.

Em agosto passado, a fintech especializada em pequenas e médias empresas Cora recebeu aporte de 116 milhões de dólares. Em novembro, a Omie comprou outra fintech focada em PMEs, a Linker, por 120 milhões de reais.

Gigantes do comércio eletrônico no país, como Magazine Luiza e Mercado Livre, além dos bancos digitais de foco original no varejo Nubank, C6 e inter, estão aglutinando milhares de pequenos negócios em seus marketplaces, oferecendo-lhes logística e serviços financeiros.